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Desafios do mercado de geração distribuída em 2023

Dificuldade de aprovação dos projetos e queda acentuada dos preços dos módulos foram alguns dos obstáculos, aponta CEO da Esfera Solar

Autor: 9 de novembro de 2023Brasil
4 minutos de leitura
Desafios do mercado de geração distribuída em 2023

No segmento de GD, o Brasil já possui mais de 2,18 milhão de sistemas instalados. Foto: Freepik

O mercado de energia solar no Brasil viveu um ano desafiador em 2023. Diante desse cenário, empresas adotaram algumas estratégias e ações para enfrentar os obstáculos encontrados pelo setor. A Esfera Solar, por exemplo, foi uma delas.

Eduardo Villas Boas, CEO da companhia, comentou sobre as estratégias que a companhia implementou e quais foram tais desafios encontrados pelo segmento de GD (geração distribuída).

“A entrada em vigor da Lei 14.300 pode ter implicado mudanças regulatórias no setor de energia ou energias renováveis, exigindo adaptações nos processos e estratégias da Esfera Solar”, apontou.

“Houve ainda dificuldades na aprovação de financiamentos, o que pode ter afetado a capacidade de investimento dos clientes da Esfera”, acrescentou o executivo.

Outro ponto citado por ele é a queda acentuada dos preços dos módulos no mercado internacional, que pressionou as distribuidoras de equipamentos a tomarem decisões difíceis e rápidas para se adaptar a essa nova realidade de preços.

“Por fim, o segmento teve dificuldade de aprovação de projetos perante algumas distribuidoras de energia, no qual as distribuidoras não concederam aprovação de projetos com a desculpa de reversão de fluxo”, ressaltou Villas Boas.

Estratégias adotadas pela Esfera

Segue, abaixo, as estratégias e ações adotadas pela empresa, conforme o CEO.

  • Investimento em tecnologia: a empresa focou em investir na sua plataforma de vendas para agilizar orçamentos e fornecer informações detalhadas sobre produtos e pedidos aos integradores;
  • Integração de plataformas e tecnologia na logística: a integração da plataforma de vendas com o ERP e WMS na logística ajudou a agilizar o processo de fabricação dos geradores, reduzindo erros e utilizando tecnologia RFID para melhorar a gestão dos materiais;
  • Criação do BU (Business Unit) de Usinas: essa ação resultou em resultados positivos, abrindo oportunidades de contato com integradores e investidores focados no mercado de locação de usinas;
  • Parcerias estratégicas: a Esfera fechou acordos com o Canal Solar e com a GSH Engenharia para oferecer serviços de reengenharia, comissionamento e suporte em engenharia para integradores que têm foco em vendas, mas não possuem equipe própria para lidar com a parte burocrática e de engenharia;
  • Alinhamento com outros distribuidores e fabricantes de equipamentos: a Esfera se filiou ao INEL e ao MSL para ajudar no suporte dessas duas entidades na defesa dos interesses do mercado de GD/GC.

“Essas estratégias visam melhorar a eficiência operacional, criar valor para a marca Esfera e ajudar os clientes e parceiros a enfrentarem os desafios enfrentados pelo setor de geração distribuída de energia, ao mesmo tempo em que oferecem um suporte abrangente em vários aspectos do negócio”, frisou.

Resultados do 2º semestre e parcerias estratégicas

Eduardo Villas Boas comentou ainda sobre os resultados da companhia no segundo semestre deste ano, com destaque no BU de Usinas de GD de 1 MW a 5 MW. “Essa conquista foi impulsionada por parcerias estratégicas com empresas renomadas do setor, como a Canadian Solar, DAH Solar, Sungrow e Huawei”.

“Estamos muito orgulhosos dos resultados alcançados em nosso BU. A parceria com a Canadian Solar, DAH e as empresas líderes no segmento de inversores nos permitiu avançar e atender às expectativas do mercado, fortalecendo nossa posição no setor de energia renovável”, destacou.

Além disso, o executivo enfatizou a escolha da Esfera pela Paraty Energia para o fornecimento de três sistemas de aproximadamente 3 MW cada. “A negociação para o fornecimento das usinas foi marcada por profissionalismo e desenvolvimento mútuo”, disse Pedro Pileggi, CEO da Paraty Energia.

“Estamos entusiasmados com a entrada em operação das usinas ainda este ano, de acordo com o cronograma estabelecido. A Paraty está confiante no mercado e pretende continuar investindo no próximo ano, considerando a possibilidade de desenvolver mais plantas”, relatou Pileggi.

Flávio Marqueti, sócio da Paraty GD, salientou que a negociação de compra dos geradores, naquele momento, contou com muita volatilidade em preços dos módulos por conta das variações dos valores do polisilício na China e a Esfera, por mérito, obteve o entendimento deste contexto e imprimiu a devida velocidade para concluir a negociação e fechar os pedidos.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

2 comentários

  • Francisco Canindé de Freitas disse:

    Olá,

    Por que a “queda acentuada dos preços dos módulos” é um obstáculo?

  • Nivaldo pires de freitas disse:

    estou preocupado pois ainda estou pagando o financiamento da energia solar e ainda tenho que pagar o icms alto. Precisamos de pessoas que intercedam ao governo Paulista para dar isenção do ICMS como os outro estados estão fazendo.

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