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Dia Internacional dos Povos Indígenas: necessidade de energia limpa

Energia renovável é caminho para levar acesso à eletricidade para comunidades indígenas
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Dia Internacional dos Povos Indígenas: necessidade de energia limpa
Instalação de placa fotovoltaica em Xingu. Foto: Letícia Leite

O Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), é celebrado em 9 de agosto para reconhecer, proteger e valorizar a comunidade.

No Brasil, somam-se mais 1.693.535 indígenas, número que corresponde a 0,86% da população do país, distribuídas em 4.832 municípios, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2023.

Pelo levantamento baseado nos dados da FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), o país conta com 573 terras indígenas declaradas, homologadas ou regularizadas. Com Amazonas, Roraima e Mato Grosso do Sul concentrando 46,46% da população até 2022.

Já o levantamento realizado pelo IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) em 2019, mostra que 19% da população de terras indígenas não têm acesso à eletricidade.

O documento de reivindicações do “II Encontro Energia e Comunidades” em 2019, aponta que para a comunidade indígena, a ausência de energia impacta principalmente no acesso à água limpa, diretamente ligada à saúde da população. 

“A ausência de energia elétrica traz consequências e prejuízos: no armazenamento das merendas escolares, nos postos de saúde para armazenamento de vacinas e medicamentos, e coloca também os nossos territórios em constante vulnerabilidades suscetíveis a invasões, grileiros, garimpeiros, entre outros, por não conseguirmos fazer o monitoramento e a vigilância dos nossos territórios com o uso de tecnologias que necessitam de energia elétrica para seu funcionamento (celulares, drones, rádio, internet, computadores e câmeras)”, relata o documento.

Além disso, há causa diversos impactos sociais, já que o  acesso à rede de energia elétrica possibilita a ampliação de atividades produtivas, culturais, educacionais e a democratização da informação

O projeto “Energia Verde no Xingu”, por exemplo, abastece aldeias indígenas da Volta Grande do Rio Xingu com energia solar. A unidade de geração de energia fotovoltaica flutuante foi inaugurada em 2021 e substituiu geradores de energia a diesel, contribuindo com a preservação do meio ambiente em toda a região do Médio Xingu.

Na primeira fase do projeto, foram beneficiados mais de 400 indígenas, com uma usina fotovoltaica de 124 painéis flutuantes com 405 watts cada, e um sistema autônomo de geração de energia solar com uso de baterias, que garantem o suprimento de eletricidade por até 48 horas sem incidência de radiação solar.

Confira outras iniciativas noticiadas pelo Canal Solar

As comunidades indígenas, mantêm por tradição, uma relação respeitosa com a natureza e a geração de energia limpa e renovável é uma solução sustentável para mitigar os problemas enfrentados pelos pela falta de acesso à rede elétrica.

Além de tornar a produção energética auto suficiente, reduz os impactos das mudanças climáticas e a degradação ambiental que afetam a própria comunidade. 

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Emily Castro
Graduanda em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Possui experiência na produção de matérias para portais jornalísticos, rádio e podcast.

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