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Distribuidoras registram lucros expressivos durante a pandemia

Balanços recém-divulgados pelas empresas mostram que as contas das entidades estão saudáveis e bem equilibradas

Autor: 19 de maio de 2021Setor Elétrico
3 minutos de leitura
Distribuidoras registram lucros expressivos  durante a pandemia

Mesmo num cenário de crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, as contas das principais distribuidoras de energia elétrica do país apresentaram lucros quase que bilionários, segundo balanços divulgados pelas próprias empresas ao longo das últimas semanas.

O Grupo Energisa, por exemplo, anunciou na noite da última quinta-feira (13) que obteve um lucro líquido consolidado de R$ 873,3 milhões no primeiro trimestre deste ano. Trata-se de um crescimento de 50,1% na comparação com o mesmo período de 2020.

Outra distribuidora que registrou grande arrecadação no primeiro trimestre foi a CPFL Energia, com lucro líquido de R$ 961 milhões e um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi alcançado, sobretudo, pelo bom desempenho da companhia em geração de energia eólica e pela recuperação da venda de energia na área de concessão.

Já a Copel também viu o seu lucro líquido subir. Foram R$ 795 milhões nos primeiros três meses do ano, uma alta de 55,6% ante o mesmo período de 2020, segundo documento enviado pela empresa ao mercado no dia 7 de maio. Desconsiderando a “Operação Descontinuada” da entidade, a cifra cai para R$ 759,2 milhões, um aumento de 50,5%.

A distribuidora Equatorial Energia, por sua vez, lucrou R$ 401 milhões no primeiro trimestre e obteve alta de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O balanço consta no documento enviado ao pela empresa ao mercado na última quarta-feira (12).

Entre as grandes distribuidoras pesquisadas pelo Canal Solar, a Enel-SP foi a única que apresentou queda nos lucros na comparação dos primeiros trimestres de 2021 com 2020. Mesmo assim, somente em janeiro, fevereiro e março deste ano R$ 136,5 milhões foram arrecadados de forma líquida pela empresa. Em 2020, o valor foi 12% maior (R$ 155,2 milhões).

De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o serviço público de distribuição de energia elétrica é realizado no Brasil por concessionárias, permissionárias e designadas. Atualmente, o país conta com a operação de 52 concessionárias, 52 permissionárias e uma designada, totalizando 105 agentes atuando no mercado de distribuição, entre os setores públicos, privados e de economia mista.

Análise dos números

Na avaliação de Bernardo Marangon, especialista no setor de mercados em energia elétrica, os balanços apresentados pelas distribuidoras evidenciam que as empresas estão saudáveis e com as contas bem equilibradas, apesar da pandemia. 

Segundo ele, o fato de continuarem obtendo saldos positivos neste período mostra o quão bem são protegidas pela regulação. “Isso não é nenhum absurdo, porque em outros países o modelo de distribuição opera dentro do princípio do monopólio natural”, explicou.

“Então, por isso existem os mecanismos de reajuste e revisão tarifária. Apesar do monopólio natural, a ANEEL procura criar uma competição entre as distribuidoras na busca de mais eficiência e qualidade no serviço de distribuição. Mas, em momentos críticos, onde há riscos, a ANEEL também busca formas de proteger essas instituições”, ressaltou Marangon.

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

Um comentário

  • Paulo Santos disse:

    as concessionarias podem estar bem com as suas finanças, mas as custas da população que é quem esta pagando;
    as concessionarias deviam investir mais na geração de energia para que o consumo desta aumentasse, permitindo a população modernizar as suas residências e, ai sim, ter lucro com o aumento do consumo e não com aumento de custo para a população…com um custo de energia “residencial” mais barata; este é outro ponto, enquanto o setor da indústria e do transporte que são os maiores consumidores de energia (60%) e paga menos de R$0,50 centavos pelo kWh, o setor residencial que consome 9% da energia produzida paga R$ 1,34 pelo kWh (bandeira verde) na bandeira vermelha é R$ 9,40 o kWh; exploração com quem não consegue reclamar ou se defender deste abuso assim é facil ter lucro

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