Segundo levantamento realizado pela BNEF (BloombergNEF), dois terços das maiores empresas emissoras do mundo estabeleceram uma meta líquida zero de carbono, comprometendo-se a reduzir totalmente ou compensar em um nível equivalente ao que emitem por ano.
A BNEF estima que, em 2030, 111 das 167 companhias que pertencem ao Climate Action 100+ reduzirão as emissões de gases de efeito estufa em 3,7 bilhões GtCO2 (gigatoneladas de carbono) anualmente.
De acordo com o estudo, os números podem aumentar para 9,8 bilhões GtCO2 até 2050 – um pouco abaixo das atuais emissões de carbono anuais da China e equivalente a mais de um quarto das emissões globais.
“Os vencedores serão aqueles que irão abordar toda a sua cadeia de valor, focar em reduções tangíveis e transformar uma estratégia de zero líquido em uma nova oportunidade de negócio”, disse Kyle Harrison, chefe de pesquisa de sustentabilidade da BNEF.
Os setores de petróleo e gás, por exemplo, representarão mais de um terço, ou 3,4 GtCO2, dessas reduções de emissões planejadas, mais do que qualquer outro segmento. As principais petrolíferas europeias como Shell, Total e BP são algumas das que já se comprometeram a atingir emissões líquidas zero até 2050.
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Outros setores
A BNEF afirmou ainda que, com a pressão dos investidores, tais metas foram influenciadas pelos planos de descarbonização estabelecidos pelos principais clientes das petroleiras. Companhias aéreas como Delta, American e Qantas, bem como as petroquímicas BASF e Dow também estabeleceram suas próprias metas líquidas de zero.
Ademais, a pesquisa relatou que Utilities (2,3 GtCO2), empresas de materiais (2,2 GtCO2) e manufatura (1,4 GtCO2) são os próximos setores definidos para reduzir suas emissões de carbono.