O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou o nome do ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Efrain Cruz, como novo secretário-executivo. A confirmação saiu em edição extra do Diário Oficial na última sexta-feira (17). A escolha do número dois da pasta ocorreu 75 dias depois do ministro Alexandre Silveira assumir o mandato.
A escolha de Efrain surpreendeu o mercado, já que até então o nome mais cotado para assumir a vaga era o Bruno Eustáquio, ex-secretário-executivo adjunto do MME e ex-secretário-executivo do Ministério de Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista após a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na última sexta-feira, Silveira disse que não houve interferência direta do Palácio do Planalto na escolha. “Houve muitas idas e vindas nessa questão toda, mas eu posso afirmar que nunca faltou por parte do presidente Lula total delegação e autonomia para que nós escolhêssemos a equipe.”
Com a indicação de Efrain, Alexandre Silveira conclui a montagem do seu quadro de secretário na área de energia. O ministro já havia confirmado os nomes de Pietro Mendes como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Thiago Barral como secretário de Planejamento e Transição Energética; e Gentil Nogueira como secretário de Energia Elétrica.
Currículo
Efrain Cruz é advogado, especialista em Direito da Energia, pós-graduado em Direito Público e mestrando em Direito e Desenvolvimento. Além de diretor da ANEEL (2018 a 2022), foi diretor das Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre).
Também foi membro consultor-titular da Comissão Especial de Energia do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Relop).
Uma resposta
É realmente desanimadora essa indicação tão controversa e nefasta ao setor energético e ao país! “O BAQUE NO SETOR DE ENERGIA. Em seus quatro anos como diretor da Aneel, Efrain Cruz causou muito espanto entre os técnicos, advogados e empresários do setor de energia, com decisões que contrariavam pareceres técnicos e, por vezes, a própria lei.”