Nesta quinta-feira (22) e sexta (23), dirigentes de diversos países se reuniram na Cúpula de Líderes sobre o Clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O objetivo do encontro realizado virtualmente foi debater quais dever ser as principais medidas climáticas que as maiores economias do mundo planejam adotar nos próximos anos.
O presidente Jair Bolsonaro participou da reunião, por videoconferência do Palácio do Planalto, na manhã de quinta e iniciou seu discurso destacando que o Brasil ‘é detentor da maior biodiversidade do planeta e potência agro-ambiental e está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global’.
Além disso, afirmou que a queima de combustíveis é o fator negativo que mais afeta o meio ambiente. “Ao discutirmos mudança do clima, não podemos esquecer a causa maior do problema: a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos”, disse.
Ele ainda ressaltou a participação das fontes limpas na matriz energética brasileira. “No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais. Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa”.
Meta ambiciosa
Durante o seu discurso, dirigido ao presidente Biden, Bolsonaro afirmou que determinou que a neutralidade climática do Brasil seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior.
“Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data”, disse.
Reconhecendo que será uma tarefa complexa, Bolsonaro destacou que medidas de comando e controle são vitais para alcançar esta meta. “Apesar das limitações orçamentárias do Governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”.
Antes de encerrar seu discurso, Bolsonaro ainda afirmou que “diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas”.
Confira o discurso do presidente
Foto: Al Drago/Bloomberg