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Empresas atacam mercados emergentes de energia solar no Brasil

Companhias estão investindo em regiões com menos concorrência, mas com boas possibilidades de crescimento
Empresas atacam mercados emergentes de energia solar no Brasil
Foto: Origo Energia

Que o crescimento da energia solar no Brasil vem atraindo os olhares de investidores de todo o mundo, com milhares de empresas injetando recursos (muitas vezes bilionários) para implantação de projetos fotovoltaicos, isso não é novidade. 

Entretanto, o que se vê nos dias atuais são empresas globais e nacionais buscando se estabelecer em regiões brasileiras onde a fonte ainda não se desenvolveu tanto quanto como poderia.

O resultado disso: uma diversificação ainda maior da energia solar por todo o território nacional e não tão somente em estados como São Paulo e Minas Gerais, que lideram as estatísticas de geração no país. 

A multinacional Helexia, por exemplo, informou que obteve, em março deste ano, junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) um financiamento de R$ 90 milhões para construção de projetos de geração distribuída no Brasil.

A companhia francesa pretende atingir uma carteira de 110 MWp ainda em 2023, com usinas fotovoltaicas sendo desenvolvidas em estados, como: Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Dessa lista, apenas o Paraná encontra-se entre os cinco maiores produtores de energia fotovoltaica no segmento de micro e minigeração distribuída. Rondônia, por exemplo, é apenas a 21ª colocada no ranking da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que leva em consideração os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal.

“Encontramos regiões com menos concorrências e que acreditamos que pode ser uma ideia de negócio no futuro”, afirmou Aurélien Maudonnet CEO da Helexia Brasil, em entrevista ao Podcast Papo Solar. O episódio vai ao ar no YouTube do Canal Solar na próxima quarta-feira (12). 

Além da Helexia, outro exemplo de empresa que também decidiu investir em outras regiões brasileiras em 2023 é a Origo Energia e a Alsol Energias Renováveis, que juntas somam investimentos de R$ 1,2 bilhão no país. 

A Origo Energia expandirá seus projetos em novos estados, como no Distrito Federal e no Mato Grosso do Sul. Para isso, investirá R$ 500 milhões em fazendas solares que terão uma capacidade de até 150 MWp. 

O projeto deve gerar mais de 1,1 mil empregos nas duas localidades. “Temos as condições ideais para o desenvolvimento da geração distribuída nas duas áreas nas quais anunciamos os planos de crescimento. Com as atividades, criaremos empregos, impulsionaremos a economia local, contribuiremos para o desenvolvimento das regiões e para a democratização do acesso à energia renovável”, disse Surya Mendonça, CEO da empresa.

Já a Alsol Energias Renováveis – que passou a se chamar (re)energisa após ser comprada pelo Grupo Energisa – também obteve crédito junto ao BNDES para investir R$ 700 milhões na implantação de 49 novas usinas fotovoltaicas, na modalidade geração distribuída, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Trata-se do maior financiamento concedido pelo banco para um projeto de geração distribuída no Brasil, conforme explica Luciana Costa, diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES. 

“Esse investimento vai levar energia solar distribuída para 28 municípios, onde serão instaladas 49 usinas que vão beneficiar mais de 4.500 mil micro, pequenas e médias empresas, que poderão compensar o seu consumo e obter economia na conta de energia, além de contribuir para a transição energética”, pontuou a executiva. 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

Uma resposta

  1. Com esses 1,29bilhões desta reportagem, daria para atender pelo menos 1000 pequenas empresas brasileiras que estão gerando emprego aqui no Brasil e sobrevivendo após o massacre proporcionado pela ANEEL e pelo Lobby das concessionárias.
    para nós sobreviventes essa notícia não nos trás nada de vantagem.

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