Enel usa drones com inteligência artificial para inspecionar usinas

Ao total, foram investidos R$ 2 milhões no projeto, que está em fase de testes no Brasil
02-02-2021-canal-solar-Enel usa drones com inteligência artificial para inspecionar usinas

Inspecionar redes de transmissão, de distribuição e usinas solares e eólicas por meio de drones com software integrado. Este é o objetivo da Enel, que iniciou testes com esta tecnologia no Brasil. 

De acordo com a empresa, o equipamento possui inteligência artificial embarcada que analisa, em tempo real, as imagens coletadas, contribuindo assim para tornar mais eficiente a manutenção preventiva de ativos de distribuição e geração.

Ademais, os equipamentos ajudarão a reduzir as interrupções no fornecimento de energia e aumentar o nível de disponibilidade das plantas para o sistema elétrico.

O projeto está sendo desenvolvido pela Horus, empresa participante do Energy Start – programa de incentivo a startups da Enel no Brasil – e é financiado com recursos do programa de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ao total, foram investidos aproximadamente R$ 2 milhões.

Nesta primeira etapa, as aeronaves estão sendo utilizadas para avaliar as redes de média e alta tensão das distribuidoras da Enel nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará. 

Atualmente, a companhia já emprega drones para inspeções de campo, mas a tecnologia atual não conta com sistema de inteligência artificial e o processo de análise de imagens ainda é manual.

Drones no setor solar

No setor de energia solar, essas aeronaves são essenciais para identificar falhas nos painéis por meio de inspeção visual, auxiliar a instalação dos sistemas e até encontrar a origem dos problemas com modelos mais sofisticados que analisam dados termográficos. 

Segundo Henrique Freitas, um dos responsáveis pela DJI no Brasil junto à Go Solar, da Golden Distribuidora, os drones mitigaram significativamente o tempo para a identificação de problemas, mantendo o sistema fotovoltaico em plena operação. 

“Para uma análise mais complexa, há drones com inspeção visual e mapeamento 2D e 3D. Esse equipamento, por meio do uso combinado com softwares, consegue transformar imagens simples em 3D, ou seja, em fotos georreferenciadas. Assim, é possível medir distâncias de áreas e volumes de forma precisa”, explicou Freitas.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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