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Energia solar crescerá mais no Brasil que em países desenvolvidos

Alessandra Adam, gerente de marketing latam da Sofar, acredita que o setor seguirá aquecido mesmo com a Lei 14.300

Autor: 23 de fevereiro de 2023março 13th, 2023Entrevistas
5 minutos de leitura
Energia solar crescerá mais no Brasil que em países desenvolvidos

Alessandra Adam, gerente de marketing latam da Sofar. Foto: Reprodução/LinkedIn

O mercado de energia solar no Brasil será mais competitivo e crescerá mais do que em países já desenvolvidos, como a Austrália, em 2023.

É o que afirma e aposta Alessandra Adam, gerente de marketing latam da Sofar, uma fabricante de soluções solares fotovoltaicas e de armazenamento de energia com presença no mercado brasileiro desde 2017.

Ao todo, a empresa já possui mais de 200 mil unidades comercializadas no país, chegando ao 3º lugar no ranking da Greener em inversores fotovoltaicos monofásicos em 2021.

Para 2023, a aposta da Sofar para o mercado brasileiro é tão grande que a empresa vai inaugurar o seu primeiro escritório local no país, com equipe e estrutura para serviços de suporte técnico, vendas e marketing.

Atualmente, a companhia conta com um portfólio que abrange inversores de 1 kW a 255 kW, inversores híbridos de 3 kW a 20 kW, sistemas de armazenamento em bateria e soluções de gerenciamento de energia para uso residencial, comercial e industrial, assim como para usinas centralizadas de larga escala.

Em entrevista ao Canal Solar, Alessandra destrincha esses assuntos e fala sobre quais são as perspectivas da Sofar para o setor de energia solar em 2023. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Como a Sofar analisa e projeta o mercado de energia solar para 2023?

A Sofar entende que o mercado brasileiro ainda tem uma perspectiva de crescimento muito grande e até maior do que na comparação com outros países mais desenvolvidos, como a Austrália, onde o payback médio atual está em torno de oito anos.

Mesmo sendo um país mais próximo da China e com renda em dólar, o preço dos equipamentos vendidos por lá encontra-se hoje proporcionalmente mais caro que para nós aqui no Brasil, que até o ano passado estávamos com um payback médio de quatro anos e meio.

Ou seja, mesmo com as mudanças da Lei 14.300, entendemos que existe um interesse muito grande da população em fazer investimentos em sistemas fotovoltaicos e que o Governo fará novos tipos de incentivos ao longo de 2023, sobretudo para classes menos favorecidas, como C e D.

Um deles foi anunciado recentemente, que foi a possibilidade de implantação de sistemas de energia solar no programa Minha Casa Minha Vida.

Por esses e outros motivos, estamos projetando um crescimento exponencial para a Sofar em 2023, expandindo nossas operações na região.

A Sofar anunciou recentemente que vai criar um escritório no Brasil. Já existe alguma previsão de quando isso vai acontecer?

Em abril do ano passado, a Sofar trouxe uma equipe e montou um escritório operacional em um cowork em São Paulo e agora já somos oficialmente também uma empresa brasileira, com CNPJ e tudo o mais, estamos estruturando nossa “operação Brasil”.

Estamos mudando para um escritório próprio que vai na região da Avenida Paulista, próximos à ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Estamos apenas esperando chegar as amostras dos novos inversores para montar o nosso showroom e fazermos a inauguração ainda em março.

E quais serão as eventuais finalidades deste espaço?

Estamos montando um escritório no Brasil para poder ter uma proximidade maior com os nossos distribuidores e oferecer uma assistência mais completa, com uma equipe de vendas para os mercados de geração distribuída e centralizada.

Essa, inclusive, é uma novidade da Sofar para o Brasil: os atendimentos para geração centralizada e epecistas. A primeira encomenda de usinas de geração centralizada com inversores Sofar de 250kw chegam em março, e até a Intersolar (South America) já teremos a primeira planta pronta para divulgação dos resultados.

Também estamos expandindo nosso portfólio geral de soluções, duplicando a linha de inversores trifásicos 220v, além de já estarmos em processo de certificação e homologação dos inversores híbridos e de back-up e baterias, como o PowerAll, que hoje é um dos equipamentos mais vendidos na Europa, entre outras novidades que contaremos em breve.

Além disso, aumentamos a nossa equipe técnica, com foco maior em gerenciamento de produtos e documentação técnica junto ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para fazer as adaptações, sobretudo, dos equipamentos híbridos para o mercado brasileiro.

E, também estamos com uma equipe de centro de serviços, em Mairinque (SP), para suporte técnico e reparo de inversores quando necessário.

Além da proximidade com os clientes, a decisão de abrir uma unidade brasileira da Sofar aconteceu também por algum outro motivo?

Sim! Entendemos que toda empresa precisa estar de acordo com relação aos hábitos locais e o formato ideal de negociação para uma determinada região. Como o modelo que a Sofar negocia seus produtos no Brasil é diferente do modelo que a nossa empresa negocia na China, por exemplo, entendemos que era necessário criar uma unidade no Brasil para aumentar nossos resultados em um país que conta hoje com um dos maiores potenciais de crescimento da fonte solar no mundo.

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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