A participação de energias renováveis na matriz energética do estado de São Paulo subiu de 61,4% para 63,9% entre os anos de 2021 e 2022 – a melhor marca já registrada desde 2017, segundo dados da Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística).
As conclusões foram apresentadas pela Pasta, nesta semana, com a publicação do Balanço Energético do Estado de São Paulo 2023, que usa 2022 como ano base.
O documento analisa os últimos dez anos e traça um quadro sobre a produção e o consumo de energia no estado, permitindo que mercado, órgãos governamentais e demais interessados criem seus planejamentos focados em sustentabilidade e baixo carbono.
Nos últimos anos, o estado de São Paulo tem deixado claro que uma de suas principais metas climáticas é atingir a neutralidade de carbono até o final do ano de 2050.
“A partir de 2023, espera-se que os resultados sejam cada vez melhores em decorrência das políticas públicas estruturantes que adotamos, focadas em atrair investimentos em projetos de transição energética no estado”, analisa Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo.
Eletricidade
Com capacidade instalada de 27 GW, em 2022, a produção de eletricidade em São Paulo supriu 45% da necessidade do estado, uma adição de dois pontos percentuais em relação ao registrado em 2021.
Segundo o estudo, o aumento ocorreu em virtude do crescimento da participação da energia solar, da geração das hidrelétricas, além da elevação da geração das usinas a biomassa, permitindo, com isso, redução de geração de energia a partir de termelétricas a gás natural.
Adicionalmente, os dados apontam que consumo paulista de energia elétrica, em 2022, correspondeu a 26% do nacional. “Em São Paulo há uma variedade de fontes, da hidráulica à térmica, e um mercado consumidor em expansão”, disse Natália.
O boletim mostra ainda que São Paulo também registrou alta significativa de 19% na autoprodução de energia elétrica em 2022.
“Tivemos aumento significativo na instalação de painéis solares, além da recente entrada em operação da maior usina termelétrica a partir de biomassa do estado”, explica Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração do Estado de São Paulo.