As redes de varejo seguem sendo o principal segmento do mercado de energia solar no modelo de autoconsumo remoto, quando se analisa apenas as empresas. Este setor representa cerca de 43% dos ativos em operação, com destaques para farmácias e supermercados.
Já os setores de serviços, como bancos, comercializadoras e gestoras de GD (geração distribuída), somam 35%, sendo considerados importantes canais para atendimento de consumidores. Os demais 22% respondem por setores como de telecomunicações, rede de combustíveis, saneamento, logística e a prefeituras.
Estes dados foram publicados pela Greener, uma empresa de pesquisa e consultoria especializada no mercado de energia solar, em seu mais recente estudo estratégico sobre geração distribuída remota.
O autoconsumo remoto é uma modalidade que permite com que um micro ou minigerador de energia possa compartilhar o crédito excedente gerado, por exemplo, de um sistema fotovoltaico instalado em sua unidade, para outros imóveis que estejam no mesmo CNPJ ou CPF e dentro de uma mesma área de concessão da distribuidora.
A pesquisa da Greener, apontou também que 46% das empresas entrevistadas trabalham proporcionando uma economia com valor fixado, enquanto que outros 33% afirmam haver uma tarifa fixa para locação, que é reajustado a algum índice, como IPCA ou IGPM.
As demais companhias ouvidas pela empresa não souberam precisar qual seria o seu tipo de contrato de locação. Atualmente, o prazo médio dos contratos de autoconsumo remoto no Brasil está na faixa dos 12 anos, segundo a Greener.
As informações apresentadas pelo estudo levam em consideração empresas que atuam com usinas de geração remota igual ou acima de 500 kW e que estão sendo desenvolvidas para operar no modelo de locação.
Para elaborar o estudo estratégico, a Greener contou com a participação de 36 empresas na pesquisa, que foi realizada entre outubro e novembro de 2023.
Crescimento do autoconsumo remoto
Atualmente, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o autoconsumo remoto é responsável por pouco mais de 20% do total de potência instalada pelas usinas de GD solar no Brasil. Isso corresponde a 5,5 GW do total de 25 GW de GD solar instalada no país.
Trata-se de um volume que mostra que a modalidade mais do que duplicou de tamanho nos últimos dois anos, uma vez que no mesmo período de 2021, o autoconsumo remoto havia acabado de atingir a então marca de 2 GW de capacidade instalada em GD solar.
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