“Nosso lema é ‘Supporting Your Energy’, isso já fala tudo! A gente tem se aprimorado para atender a necessidade de quem está em campo, seja em rapidez de instalação, facilidade, unificação de peças ou problemas logísticos que as distribuidoras encontram no seu dia a dia”, afirmou Norberto Da Costa, sócio-fundador da Galileo Sistemas Fotovoltaicos.
Durante o episódio #119 da quarta temporada do podcast Papo Solar, transmitido na terça-feira (4), Norberto Da Costa e Victória Trevisan, engenheira de Desenvolvimento e atendimento técnico ao cliente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), participaram para discutir o mercado de estruturas fotovoltaicas no Brasil.
“A gente está em um momento de desenvolver novos aços para o mercado e um deles é o fotovoltaico, que está em alta”, complementou Victória.
Garantir a qualidade das estruturas é fundamental no desenvolvimento de projetos fotovoltaicos, ela é quem garante a eficiência, longevidade e sustentação, seja no solo ou no telhado. Por isso, tem se investido em novas soluções para estruturas fotovoltaicas.
Estrutura resistente à corrosão
“O aço COR 420 cria uma barreira natural contra as intempéries do ambiente, tornando-se uma opção ideal para estruturas solares, eliminando preocupações com corrosão e reduzindo custos de manutenção,” explicou Victória Trevisan.
O aço COR 420, fornecido pela CSN, apresenta uma composição química especial que permite a formação de uma pátina protetora quando exposto ao oxigênio, criando uma barreira natural contra a corrosão e aumentando a durabilidade das estruturas.
“A olho nu, essa pátina é avermelhada, alaranjada e vai surgindo no material em contato com o oxigênio. Ela vai criando uma barreira protetora no material, evitando o processo corrosivo deles”.
“Ele chega a ser quatro vezes mais resistente à corrosão do que um outro aço comum”, destacou ela.
De acordo com Norberto Da Costa, a Galileo optou por esse material devido à necessidade de estruturas mais duráveis, capazes de acompanhar a vida útil dos módulos solares. Além disso, o aço COR 420 também se destaca pelo seu impacto ambiental reduzido.
“O COR 420 tem um ciclo de vida maior e evita manutenções constantes, o que representa um diferencial competitivo para o EPCista e o investidor,” acrescentou Da Costa.
“Se você está fazendo um projeto com uma durabilidade de 25, 30 anos, a estrutura tem que acompanhar isso para você. E quem está achando que é muito mais caro, a relação qualidade-preço ao longo do tempo é muito boa”, ressaltou ele.
Novas oportunidades: Carports solares
“O mercado de Carport na Europa está crescendo muito. Na Europa, tem muita restrição de espaço, então eles começaram a energizar os estacionamentos”, explicou Norberto Da Costa.
De acordo com o convidado, este modelo de geração que já tem se consolidado na Europa, deve ganhar força no Brasil nos próximos anos.
O maior carport solar do Brasil, localizado em Sorocaba (SP), conta com uma potência instalada de 3 MW e foi desenvolvido por um ex-aluno do Canal Solar. Confira o vídeo deste projeto:
Testes e certificações das estruturas fotovoltaicas
Além da qualidade do aço, para garantir a segurança e resistência das estruturas fotovoltaicas, a Galileo utiliza dois programas de simulação, que permitem simulações em túnel de vento, para validar a resistência das estruturas em diferentes condições climáticas.
“As estruturas são projetadas para suportar ventos de até 50 metros por segundo. Além da simulação em túnel de vento, estamos testando em campo. Assim, já são mais de 22 MW vendidos”, explicou Da Costa.
Tendências do mercado fotovoltaico para 2025
“Primeiramente, eu acho que vai ter um crescimento do armazenamento de energia. Soluções como BES e baterias devem se expandir com ainda mais velocidade no mercado. Na Itália, por exemplo, de cada 10 sistemas fotovoltaicos residenciais vendidos, 7 já contam com baterias”, destacou Norberto Da Costa.
“Recentemente, vi no Canal Solar que os custos das baterias estão caindo novamente, tornando essas soluções ainda mais competitivas. Isso deve impulsionar o mercado”.
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De acordo com o especialista, o crescimento do setor também será impulsionado pelo avanço dos veículos elétricos e a necessidade de infraestrutura para carregamento, que demandará mais energia.
“Além disso, acredito que continuaremos vendo um grande volume de geração solar centralizada, mas a geração distribuída, especialmente em telhados, deve crescer ainda mais”, concluiu ele.
Assista ao episódio completo
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