SAARBRÜCKEN, ALEMANHA. O governo francês aprovou o planejamento para a construção da maior central solar fotovoltaica flutuante do país.
O empreendimento ficará localizado no departamento de Haute-Marnes, na região Grande Leste da França, mesmo local onde funcionou, até o fim de 2020, uma pedreira operada pela empresa Etablissements Blandin.
Com data de funcionamento prevista para 2023, o empreendimento deverá ser construído pela empresa RES e deverá ter uma capacidade de até 65,5 MW, devendo ser instalada em superfícies aquáticas provenientes das explorações realizadas pela antiga pedreira.
A intenção é reutilizar o espaço como forma de aumentar a geração de energia através de fontes limpas, além de fomentar o número de empregos na região.
Com capacidade de fornecer energia para até 26 mil habitantes, a central deverá conter diferentes ilhas de módulos flutuantes que serão compartilhadas em um território de 127 hectares. A construção poderá evitar, por ano, a liberação de cerca de 16 mil toneladas de CO₂ na atmosfera.
De acordo com o presidente da Etablissements Blandin, Francis Blandin, a aprovação desse projeto foi um passo importante para a gestão ambiental da antiga pedreira:
“Nossa equipe apreciou a proposta da RES de utilizar painéis fotovoltaicos flutuantes. Esta solução permite preservar a fauna e a flora que se estabeleceu durante 40 anos. Para levar nossa abordagem ainda mais longe, foi assinado um acordo com a RES para preservar ainda mais certos setores da atividade industrial durante os próximos 30 anos. Estamos muito orgulhosos desta colaboração, que respeita a visão que tínhamos para o futuro de nossa pedreira”, afirma Blandin.
A empresa responsável pelo planejamento da central fotovoltaica flutuante, a RES, atua há 40 anos no mercado francês e em diferentes países. A empresa trabalha no desenvolvimento de construções eólicas, solares, armazenamento de energia, assim como transmissão e distribuição.
Na França, a companhia já é responsável por outros projetos, como a central fotovoltaica na região da Normandia, inaugurada em 2019, com 12,8 mil painéis fotovoltaicos e uma capacidade de 15,3 MW, produzindo eletricidade para até 6.000 residências.
Céline Spitzhorn, diretora da RES Solar, diz que a empresa deseja se tornar uma das principais dentro do setor solar na França: “Estamos orgulhosos de anunciar que recebemos a permissão de planejamento para um projeto solar flutuante de larga escala na Haute Marne. Esta primeira aprovação abre o caminho para nossos outros projetos do mesmo tipo. De fato, a RES está atualmente desenvolvendo uma série de projetos fotovoltaicos flutuantes, com um portfólio de mais de 200 MW. Com uma equipe de cerca de 50 pessoas dedicadas à atividade solar e uma rede de agências cobrindo toda a França, nosso objetivo é nos tornarmos um dos principais atuantes do setor solar na França, tanto para instalações flutuantes quanto para terrestres”, conclui a diretora.
Para a União das Indústrias de Carreiras e Materiais de Construção (UNICEM), a aprovação do projeto é uma notícia positiva para a economia local: “O surgimento de projetos solares flutuantes e terrestres expande ainda mais o campo das possibilidades pós-pedreira. Este tipo de projeto permite manter uma atividade econômica em nossa região, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento das energias renováveis e, consequentemente, para a luta contra a mudança climática. Devemos incentivar este desenvolvimento que, a longo prazo, também fornecerá energia limpa e garantirá a produção de materiais de pedreiras livres de carbono. Esperamos que este projeto conduza a outros”, declarou Rémy Moroni, presidente da UNICEM.
Boa tarde Daniele,
Sugerimos fazer uma matéria com mais detalhe técnico do projeto, custo por Kwp, capacidade de cada painel, tipo de flutuante fixo e ou com seguidor solar, altura da lâmina d’água, cabos elétricos para passagem de energia do lago para terra, inversor e transformador fixados no flutuador ou em terra, tipo de bateria a ser usado fora da geração solar etc.