De acordo com estimativas do banco suíço UBS BB, o setor de energia deverá seguir como protagonista nos investimentos em M&A (fusões e aquisições) em 2025, com uma previsão de movimentar até R$ 120 bilhões.
Além disso, são esperados recursos adicionais destinados para leilões de energia, melhorias em empreendimentos já operacionais, aumento da capacidade de produção e, em menor escala, a expansão da geração de eletricidade.
No acumulado dos últimos dez anos, apenas no setor de energia renovável, as fusões e aquisições chegaram a aproximadamente R$ 50 bilhões no Brasil, segundo a CELA (Clean Energy Latin America).
Entre os anos de 2014 e 2023, por exemplo, houve um aumento de mais de 400% no número de transações mapeadas anualmente e um crescimento de mais de 8 vezes na capacidade total (GW) transacionada.
Fusões e aquisições no setor de renováveis somam R$ 50 bi em acordos no Brasil
Importância do Due Diligence
Com o mercado de energia cada vez mais em alta nos dias atuais, é essencial que os investidores tenham com eles a segurança de que os parques adquiridos vão garantir o retorno esperado.
O Due Diligence é um processo de investigação e de auditoria detalhada que tem como objetivo avaliar os aspectos financeiros, legais, operacionais e comerciais de uma empresa ou ativo antes de uma transação, como uma aquisição ou fusão.
No universo dos sistemas fotovoltaicos, esse processo visa garantir que o projeto em que se deseja investir dê o retorno esperado ao investidor. Ou seja, serve para verificar se é tecnicamente viável, sustentável financeiramente e seguro do ponto de vista regulatório.
Due Diligence: processo essencial para investimentos seguros e sustentáveis
“A Due Diligence não é obrigatória via normativa, mas é uma ferramenta essencial para quem investe em uma aquisição de um ativo de geração, ajudando a mitigar riscos, validando as reais chances do ativo retornar o valor esperado, trazendo maior segurança para o investidor. Inclusive, já é algo muito utilizado pelo mercado financeiro, visto os riscos presentes nas operações desse tipo”, disse Geraldo Silveira, gerente de Engenharia da CS Consultoria e professor do Canal Solar.
“Trata-se de uma inspeção minuciosa que ocorre na usina, abrangendo diversos aspectos, como técnicos, financeiros, regulatórios (jurídicos e fiscais) e ambientais. O objetivo é assegurar que não há riscos que possam comprometer o retorno do investimento”, ressaltou.
Conforme Silveira, para realizar uma Due Diligence, o planejamento inicial é fundamental. “Utiliza-se normalmente um checklist específico para os ativos em análise, tanto para a parte técnica, como financeira e regulatória. Esse checklist deve ser muito bem estruturado para garantir que todas as verificações necessárias sejam realizadas”, concluiu.
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