O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, foi de 0,34% em dezembro e ficou 0,28 p.p. (ponto percentual) abaixo do resultado de novembro (0,62%).
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (09), com o resultado ficando abaixo das estimativas do mercado financeiro, que previa um avanço de 0,45% no mês.
Com isso, o indicador encerra 2024 com uma alta acumulada de 4,71% – ultrapassando a meta do Banco Central de 3% para 2024 e seguirá sendo a mesma para os anos de 2025 e 2026.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta nos preços em dezembro. O maior impacto foi observado no setor de Alimentação e Bebidas, com variação de 1,47% e que contribuiu com 0,32 p.p. no resultado do indicador.
Na sequência, destacaram-se Despesas Pessoais, com alta de 1,36% (0,14 p.p.), e Transportes, que subiu 0,46% (0,09 p.p.) no período.
Por outro lado, o principal impacto negativo veio do grupo Habitação, que recuou 1,32% (-0,20 p.p.). Outros grupos variaram entre quedas, como Artigos de residência (-0,52%), e altas mais moderadas, como Vestuário (0,34%).
Energia elétrica residencial
No grupo Habitação, o destaque foi o recuo de 5,72% na energia elétrica residencial. A queda foi impulsionada pelo retorno da vigência da bandeira tarifária verde a partir de 1º de dezembro, na qual não há cobrança adicional nas contas de luz.
Em novembro, esteve em vigor no país a bandeira tarifária amarela, que acrescenta na conta de luz dos consumidores uma cobrança extra de R$ 1,885 a cada 100 kwh consumidos.
Apesar da redução verificada em dezembro, o valor da energia elétrica residencial acumulou altas consecutivas (muitas delas acima da inflação) ao longo de praticamente todo o ano.
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Como é calculado o IPCA-15?
Os preços que compõem o IPCA-15 foram coletados entre 13 de novembro e 12 de dezembro de 2024 (mês de referência) e comparados com os preços do período de 12 de outubro a 12 de novembro de 2024 (mês base).
O indicador reflete o comportamento de preços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia do IPCA-15 é a mesma utilizada no cálculo do IPCA oficial, diferenciando-se apenas no período de coleta e na abrangência geográfica. Esses fatores tornam o IPCA-15 um termômetro importante para antecipar as tendências inflacionárias no país.
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