A Brasol, empresa brasileira focada em transição energética e apoiada por fundos da BlackRock e da Siemens, acaba de fechar um importante acordo para a aquisição de parques solares da BC Energia, comercializadora de energia com forte presença no Centro-Oeste do Brasil.
A parceria marca um passo estratégico para a expansão da Brasol no mercado de GD (geração distribuída), uma vez que, neste primeiro momento, a Brasol assumirá o controle de 13 projetos fotovoltaicos em desenvolvimento nos estados de São Paulo, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, com capacidade instalada de 60 MW.
Estes projetos devem demandar investimentos na ordem de R$ 250 milhões. A longo prazo, a Brasol pretende expandir seu portfólio, adquirindo um total de 35 usinas solares, o que adicionará 150 MW à sua capacidade até o final de 2025.
Ao todo, os investimentos podem chegar a R$ 800 milhões, segundo Ty Eldridge, CEO da Brasol informou ao Valor. A estratégia da Brasol é priorizar o uso de capital para concluir os projetos em desenvolvimento, garantindo que estejam prontos para operação o quanto antes. “Os projetos da primeira fase já têm uma base de clientes contratados”, disse Eldridge.
Esses projetos iniciais foram registrados antes da mudança no marco legal da geração distribuída.Segundo a empresa, este fator foi crucial para a decisão de avançar com as aquisições, aproveitando as condições mais favoráveis.
Eldridge informou ainda que após a conclusão dos 13 primeiros projetos, a Brasol poderá exercer a opção de compra da participação minoritária que a BC Energia mantém nas usinas.
Ainda de acordo com ele, a estratégia é transformar essas aquisições em operações de “sale and leaseback”, onde a BC Energia continuará a operar e comercializar a energia gerada, enquanto a Brasol permanece como proprietária dos ativos.
Este modelo proporciona flexibilidade financeira para ambas as partes, permitindo que a BC Energia se concentre em sua expertise de comercialização e que a Brasol maximize o retorno sobre os ativos adquiridos.
Sobre Brasol
Criada em 2017 por Ty Eldridge e mais dois executivos com vasta experiência em geração solar internacional, a Brasol nasceu com o propósito de liderar a transição energética no Brasil.
Em 2020, a Siemens adquiriu 49% da empresa, reduzindo posteriormente sua participação para cerca de 35%. Já em 2023, a BlackRock entrou no capital da Brasol por meio do fundo Climate Finance Partnership, adquirindo 45% da companhia.
Hoje, a Brasol já possui 150 MW de capacidade operacional e planeja adicionar mais 300 MW, com um total de mais de US$ 1 bilhão investidos em projetos em todo o Brasil.
Além da geração de energia solar, a Brasol também tem interesse em expandir sua atuação para os segmentos de transmissão e distribuição de energia.
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Uma resposta
Parabéns pela reportagem. Muitas empresas engajadas nessa abertura do mercado livre de energia.
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