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Greener: 91% da potência solar outorgada é destinada ao Mercado Livre

Estudo aponta que grande parte deste volume tem relação direta com o processo gradual de abertura do ACL
Greener: 91% da potência solar outorgada vem do Mercado Livre
Usinas FV de geração centralizada somavam 86 GW outorgados até fevereiro deste ano. Foto: Freepik 

Uma pesquisa realizada para elaboração de um novo estudo estratégico da Greener – que será lançado em breve – aponta que o mercado fotovoltaico de geração centralizada segue aquecido no Brasil e com maior foco no ACL (Ambiente de Contratação Livre).

Segundo a empresa de pesquisa e consultoria, cerca de 91% dos 86 GW de potência em projetos outorgados até fevereiro deste ano eram destinados ao Mercado Livre de Energia, conforme ilustra a imagem mais abaixo.

“Grande parte desse movimento é oriundo de um processo gradual de abertura de mercado, que recebe um número cada vez maior de consumidores devido à diminuição dos limites de demanda para migração”, destaca a Greener.

Do total de 86 GW até fevereiro, cerca de 73,6 GW (85,6%) eram referentes a projetos fotovoltaicos com construção não iniciada, enquanto que 4,9 GW (5,7%) em empreendimentos com construção iniciada e outros 7,5 GW (8,7%) em usinas com operação comercial.  

Entre os estados brasileiros, Minas Gerais é que conta com a maior quantidade de potência advinda de empreendimentos solares de grande porte, com 39% dos 86 GW outorgados. Na sequência, aparecem no estudo o Piauí (13%) e a Bahia (12%).

Apesar do grande volume de projetos outorgados no país, o estudo da Greener alerta para alguns pontos de atenção no desenvolvimento destas usinas, como os desafios relacionados à conexão – condicionada à disponibilidade de margem de escoamento.

“Com um significativo avanço no número de projetos outorgados, Minas Gerais, por exemplo, sofre com negativas de acesso ou restrições operativas que podem impactar a viabilidade dos empreendimentos. Por sua vez, elaborar contratos de compra e venda de energia diante de um cenário de baixo preço no mercado de curto prazo e alta taxa de juros é um desafio para os empreendedores que desejam investir nesse mercado”, frisa o estudo.

Dessa forma, a Greener pontua, por fim, que questionamentos como “Quais alternativas para ganho de eficiência dos projetos?”; “Como viabilizar PPAs solares atrativos?” ou “Como a abertura de mercado deverá influenciar os modelos de negócio?” seguem sendo pontos importantes e de reflexão para os investidores do setor.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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