Um novo material técnico elaborado pelo Canal Solar, GRUPO INTELLI e pelo professor Paulo Edmundo Freire propõe atualizar o padrão de projeto de aterramento de usinas fotovoltaicas, uma das fases mais sensíveis dos projetos de grande porte.
O guia traz orientações baseadas em normas, técnicas de engenharia e decisões de projeto que impactam diretamente a segurança e o desempenho das plantas solares. Entre os temas abordados estão o mapeamento da resistividade do solo, o trabalho de modelagem geoelétrica e a correta especificação dos condutores e conectores, fundamentais para um bom desempenho do sistema de aterramento.
O documento também chama atenção para um desafio crítico: em grandes usinas, as medições de resistência de aterramento e das tensões de passo e de toque tornam-se inviáveis após a conclusão das obras. Com isso, métodos práticos de verificação, como testes de continuidade, ganham relevância na validação da instalação.
A proposta do material é aproximar a teoria da prática de campo, oferecendo subsídios para projetistas, instaladores e operadores que buscam reduzir riscos, evitar retrabalho e garantir confiabilidade em empreendimentos fotovoltaicos de grande escala.
Manual aponta medidas ideais de aterramento para usinas fotovoltaicas de grande porte
A equipe que elaborou este manual propõe diretrizes técnicas que modernizam a forma como o aterramento é projetado em usinas de energia fotovoltaica, com foco especial em usinas de solo, acima de 1 MW.
O processo começa com um mapeamento detalhado do parâmetro resistividade do solo. Conforme apresentado no material, tudo começa no levantamento das resistividades do solo e na construção do seu modelo geoelétrico. Para áreas de até 20.000 m², a norma brasileira NBR 7117 recomenda entre 2 e 16 linhas de medição, porém não define parâmetros para áreas maiores, lacuna que é abordada neste manual.
A limitação das medições diretas após a obra
Segundo o conteúdo apresentado, para UFVs que ocupam áreas superiores a 20.000 m², medir diretamente a resistência de aterramento e as tensões de toque em toda a instalação torna-se impraticável depois da UFV construída.
Isso ocorre porque os equipamentos necessários precisam ser extremamente robustos para abarcar escalas tão grandes, o que não é comercialmente viável atualmente. Restrições de espaço físico para a realização das medições também costumam inviabilizar este tipo de medição.
Materiais recomendados e suas aplicações
No que diz respeito ao dimensionamento elétrico prático, o guia indica:
- Para áreas gerais da usina GD: condutores de aço cobreado de 50 mm²;
- Na cabine de medição: condutores de cobre ou de aço cobreado com 50 mm².
Foco no pré‑projeto e nos testes que são viáveis
Com esse cenário, a atenção do projeto recai sobre etapas anteriores à construção, que é a etapa de projeto e dimensionamento . Superada esta etapa e com a UFV construída, tem-se a fase de comissionamento, onde é muito importante verificar os testes que são indicados.
No caso, para o sistema de aterramento da UFV, são indicados os testes de continuidade dos condutores e verificação da integridade das conexões. Esses dois ensaios ganham status de itens estratégicos no comissionamento, visto que ensaio de malha de terra, tensão de toque e passo são inviáveis, conforme já citado anteriormente.
Por isso, o trabalho de modelagem e simulação torna-se crítico: falhas no cálculo ou na escolha dos parâmetros podem gerar problemas irreversíveis depois. A mensagem é que “medir depois” não vale a pena, todo recurso e atenção devem estar no projeto.
Parceria e suporte técnico
O documento também cita o GRUPO INTELLI como fornecedor de uma linha completa de materiais de aterramento, que segundo os autores, atende a todos os requisitos normativos.
Vale destacar que esse e-book foi produzido pelo GRUPO INTELLI em parceria com o Canal Solar e com o professor Paulo Freire.
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