IEA: 45 países endossam meta de dobrar ações de eficiência energética até 2030

Quarenta e cinco países da África, Américas, Ásia e Europa endossaram a meta de dobrar a taxa global de melhorias de eficiência energética até o final da década, informou a IEA (Agência Internacional de Energia).

Isso significa aumentar o progresso anual da eficiência energética de 2,2% hoje para mais de 4% anualmente até 2030, em um movimento que criaria empregos, expandiria o acesso à energia, reduziria as contas de energia, diminuiria a poluição do ar e a dependência dos países de importações de combustíveis fósseis – entre outros benefícios sociais e econômicos.

Os ministros concordaram com a declaração durante uma mesa redonda na conclusão da Conferência Global – Eficiência Energética: A Década para a Ação, que reuniu mais de 600 participantes de 90 países, incluindo mais de 30 ministros e 50 CEOs. Os governos com delegações oficiais no evento representaram 70% do consumo global de energia.

“É difícil exagerar a importância da eficiência energética para fortalecer a segurança energética e manter o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 C à vista, por isso estou muito feliz que países de todo o mundo estejam se unindo em torno do apelo da IEA para dobrar o progresso da eficiência energética até 2030”, disse Fatih Birol, diretor executivo da IEA.

“Isso pode ajudar a impulsionar os esforços para alcançar um resultado ambicioso na COP28 em Dubai”, acrescentou. Entre os assinantes do acordo estão Brasil, Uruguai, Estados Unidos, Canadá, Irlanda, Alemanha, Japão, Portugal, Espanha, Grécia, Suíça e Reino Unido.

Um relatório informativo especial da IEA publicado no primeiro dia da Conferência mostra a gama de benefícios que as melhorias na eficiência energética podem trazer para as sociedades em todo o mundo. O setor de eficiência emprega dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, e o aumento da ambição e da ação pode criar outros 12 milhões de empregos até 2030.

A Conferência Global foi co-organizada pela ministra da Transição Energética da França, Agnès Pannier-Runacher, e pelo diretor executivo da IEA, Fatih Birol, e organizada em parceria com a Schneider Electric.