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Impactos e benefícios da energia solar para a economia brasileira

O uso da geração distribuída traz benefícios para o sistema energético como um todo

Autor: 8 de fevereiro de 2021Opinião
4 minutos de leitura
Impactos e benefícios da energia solar para a economia brasileira

Três milhões e oitocentos mil empregos no mundo e quase 90 mil novos empregos gerados em 2020 no Brasil em plena pandemia.

A GD (geração distribuída) por fonte solar caminha para um crescimento promissor com perspectivas de investimentos acima de R$ 20 bilhões em 2021.

Segundo as principais associações do setor energético do país, os números refletem o atual cenário do já aquecido mercado de energia solar no Brasil, que tem tudo para esquentar ainda mais neste e nos próximos anos.

As expectativas são enormes e representam o potencial que o setor fotovoltaico oferece para o país em diversas esferas, seja minimizando os impactos ambientais, gerando empregos, atraindo investimentos ou empoderando o consumidor final.

Atualmente, aproximadamente 0,5% das unidades consumidoras no mercado cativo possuem geração própria de energia, próximo a 370 mil unidades instaladas, com a fonte solar fotovoltaica correspondendo a 98%.

Nos últimos anos, a sociedade como um todo passou a se interessar mais pelo tema da energia solar fotovoltaica, pois finalmente se deu conta das vantagens.

Enquanto alguns setores da economia esfriaram durante a pandemia, o mercado de geração distribuída – aquela energia gerada no próprio local de consumo ou próximo a ela – só aqueceu. Existem inúmeras razões para isso.

O prazo do retorno do investimento ao aderir a essa tecnologia é cada vez menor. Mesmo com aumentos expressivos dos preços nos equipamentos para o primeiro semestre de 2021, devido à enorme demanda global de painéis fotovoltaicos, à alta taxa de conversão do dólar, à escassez de matéria-prima na China e aos elevadíssimos custos do frete marítimo, a geração própria de energia por fonte solar mostra-se um excelente investimento a médio e longo prazo, além do ganho ambiental inquestionável.

A geração de energia solar é sustentável (não queima combustíveis fósseis), é renovável (inesgotável) e utiliza a luz solar como fonte de energia, podendo ser distribuída e utilizada de diversas formas. À medida que o ecossistema evolui, cresce o interesse dos setores industrial e corporativo em adotar um modelo mais “eco friendly”.

A preocupação das empresas em serem mais sustentáveis é crescente. É perceptível um número significativo de empresas adotando os critérios ESG (Environmental, Social and Governance – ASG – Ambiental, Social e Governança).

Quando se investe em tais padrões, as organizações assumem o compromisso de incorporar responsabilidades ambientais, sociais e de governança em seu modus operandi, atraindo mais investimentos e consumidores.

O uso da geração distribuída ainda traz benefícios para o sistema energético como um todo, tornando-o mais inteligente e eficiente ao reduzir gastos e perdas.

Quando a energia solar produzida é injetada na rede e distribuída localmente faz com que a sociedade não fique totalmente dependente das hidrelétricas e termelétricas. Sendo assim, a GD, a médio e longo prazos, contribui com a rede de distribuição, evitando problemas como apagões. Além disso, ao reduzir a distância entre transmissores e consumidores, evitam-se perdas energéticas na infraestrutura de transmissão e distribuição de energia elétrica.

O crescimento da demanda por geração distribuída é um fato e aumentará ainda mais a partir dos próximos anos. Com as facilidades dadas pelos governos atuais, evitando sua taxação e consequentemente o custo das tecnologias, a sociedade está, enfim, se conscientizando dos benefícios da energia solar.

O mercado seguirá em alta, principalmente com a chegada das baterias de lítio ao mercado em breve. Por meio delas os consumidores conseguirão armazenar energia para utilizá-la à noite ou em dias em que não houver Sol e ficarão ainda mais independentes das distribuidoras.

Com uma das maiores taxas de irradiação solar do mundo, o Brasil tem todos os recursos que possibilitam ao País tornar-se referência em produção de energia solar.

Em 2019, a geração de energia por fonte solar no mundo representava 11% e a previsão atual das agências globais é que em 2050 esse modelo totalize cerca de 40%. O Brasil tem toda a capacidade e o potencial para assumir essa liderança no mercado global.

Resta agora saber como todos os elos dessa cadeia lidarão com tamanha oportunidade, capaz de gerar mais empregos, trazer mais investimentos, minimizar os impactos ambientais e empoderar os cidadãos.

Jackson Chirollo

Jackson Chirollo

CEO Co-founder na Edmond, fintech voltada para meios de pagamento para o mercado de energia fotovoltaica. O executivo atua no setor de geração distribuída Solar no Brasil desde 2009. Já contribuiu com vários grupos de trabalho, realizando o esboço das primeiras propostas de resolução e consultas públicas junto ao órgão regulador, além de contribuir para a Portaria do INMETRO para a etiquetagem dos módulos fotovoltaicos.

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