Um estudo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), em parceria com bancos privados e mercado de capitais, apontou que o Brasil pode se tornar uma potência de baixo carbono e biodiversidade em energias renováveis, como solar e eólica.
Para isso, precisaria investir aproximadamente R$ 3,7 trilhões nos próximos dez anos em fontes limpas e em áreas como saneamento básico, mobilidade urbana, transportes e logística.
Trata-se de um valor que, basicamente, representa menos do que os R$ 4,4 trilhões pagos em impostos pelos contribuintes brasileiros em 2022 e no primeiro semestre de 2023.
Em todo o ano passado, as contribuições feitas pela população totalizaram R$ 2,89 trilhões em arrecadação para os cofres públicos, enquanto que, nos primeiros seis meses de 2023, o montante superou a marca de R$ 1,51 trilhão.
As informações fazem parte do Impostômetro – uma ferramenta da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que mede em tempo real a arrecadação de impostos pelo Governo Federal e pelos governos estaduais e municipais, incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
De acordo com o estudo do BNDES, o Brasil está entre os maiores emissores de gás carbônico do mundo, porém com um perfil de emissões diferente da média mundial, uma vez que o desmatamento é seu principal emissor.
Em contrapartida, a competitividade em energias renováveis do Brasil é uma das mais altas do mundo, com 45% da capacidade instalada dos geradores eólicos e 30% da capacidade solar, segundo o levantamento.