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Inovação viabiliza vacina em tempo recorde e impulsiona a energia solar

A corrida pelo desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 pode servir de exemplo para outros setores

Autor: 2 de fevereiro de 2021Opinião
4 minutos de leitura
Inovação viabiliza vacina em tempo recorde e impulsiona a energia solar

Por mais que a gente tente desviar, o assunto de 2020 e parte de 2021, ao menos até agora, é a pandemia. E um dos subtemas que mais chamaram a atenção foi a corrida, desde o ano passado, pelo desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

Nunca havia sido desenvolvida uma vacina com menos de quatro anos de estudos em laboratório e testes de campo. Em média este processo dura dez anos. 

As vacinas contra a Covid-19, já com um volume considerável de aplicações em outros países e que agora chegam ao Brasil, foram e continuam sendo desenvolvidas durante a pandemia, cerca de 12 meses para cá.

Já existia o conhecimento sobre o coronavírus e as infecções que ele provoca, a síndrome respiratória aguda grave, desde 2003.

O Sars-Cov 2, que provoca a Covid-19, surgiu com força total ao final de 2019 na China e se espalhou muito rapidamente por todo o mundo, acometendo milhões de pessoas e causando um número absurdo de mortes.

O mundo vem tentando aprender com o que talvez seja a maior crise sanitária da história, com reflexos que atingem a produção e a economia com uma força nunca vista. Mas se tentamos aprender, alguma coisa vai ficar.

Uma lição que todos os setores podem absorver é que o compartilhamento de informações, como ocorreu entre os diversos países que se apressaram a desenvolver um imunizante, pode ser determinante para o sucesso da empreitada. Investimentos maciços entram nessa equação, sem os quais não seria possível o desenvolvimento.

A necessidade, o conhecimento e os esforços levaram ao sucesso na criação da vacina, provavelmente o maior “case” de inovação no biênio 20/21. 

E quando se fala em inovação, o setor de energia solar ganha destaque. Com o desenvolvimento de novas soluções, com preços mais acessíveis, o setor mostra que o interesse de uso, o surgimento de linhas de financiamento e a adesão de um maior número de pessoas, diminui os custos em escala e permite que o setor avance. 

Prova disso é que a partir de 2012, quando despontou comercialmente no Brasil, até os dias de hoje, a energia solar teve seu preço reduzido em 80% – de US$ 100 o MWh para cerca de US$ 20.

O Brasil vem se destacando na corrida pela energia solar, mais limpa e barata. Em 2020, a capacidade instalada saltou de 4,6 GW para 7,5 GW, com destaque para o aumento de sistemas considerados de escala pequena, como os instalados em telhados, fachadas de edifícios e pequenos terrenos, a chamada  GD (geração distribuída), com aumento de 2,2 GW. Estima-se que o número chegue a 12,6 GW neste ano.

Em termos de investimento, cerca de 80% dos R$ 13 bilhões saíram de projetos de geração distribuída. A projeção para 2021 é que a autogeração atraia mais R$ 17,2 bilhões, o equivalente a 76% dos R$ 22,6 bilhões estimados para todo o setor pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Pode até parecer injusta a comparação do desenvolvimento da vacina que salva vidas com o aprimoramento do setor de energia solar, mas ambos são alimentados com inovação. Este parece ser o combustível para que a humanidade possa sobreviver em um mundo mais confortável em todos os sentidos. 

No momento em que a energia solar deixar de ser vista apenas como uma solução ecológica e passar a ser vista em massa como solução econômica, o setor, por meio da inovação, será capaz de desenvolver maneiras de tornar o conceito e a prática mais acessíveis e, assim, trocando informações e direcionando investimentos corretamente, se desenvolver como um todo.

Aldo Teixeira

Aldo Teixeira

Fundador da distribuidora de equipamentos fotovoltaicos Aldo Solar, sediada em Maringá (PR).

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