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Interesse por usinas fotovoltaicas flutuantes cresce no mundo

No Brasil, por exemplo, calcula-se que o potencial possa ser de até 4.519 GWp

Autor: 25 de agosto de 2020agosto 18th, 2021Mundo
3 minutos de leitura
Interesse por usinas fotovoltaicas flutuantes cresce no mundo

À medida que os custos da tecnologia solar caem, o interesse em usinas fotovoltaicas flutuante) cresce. Segundo levantamento realizado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), com base em dados compilados do World Bank Group, estima-se um potencial de capacidade instalada em reservatórios de 4 mil GW no mundo.

O estudo verificou um salto de 528 MWp em 2017 para 1.314 MWp em 2018. A projeção para os próximos anos prevê incrementos da ordem de 1.500 MWp por ano até 2022.

Segundo a EPE, o investimento em usinas solares sobre espelhos d’água chega ainda a ser 18% maior do que a produção fotovoltaica em terra. No Brasil, por exemplo, calcula-se que o potencial possa ser de até 4.519 GWp, utilizando reservatórios de hidrelétricas, com uma geração de 4.443 TWh por ano.

Para a Empresa de Pesquisa Energética, o avanço da tecnologia se deu em lugares onde havia restrições de terra, porém, no Brasil, a escassez de áreas para a implantação desses projetos não é considerada uma questão relevante. Isso porque, existem no país diversos projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para testar a viabilidade de usinas flutuantes.

O maior em operação encontra-se no reservatório da UHE (usina hidrelétrica) de Sobradinho (BA). A primeira etapa conta com 1 MWp, inaugurada em julho de 2019, e terá capacidade de 2,5 MWp até 2020.

Em Goiás, por exemplo, o primeiro projeto de usina fotovoltaica flutuante conectado à rede foi instalado em uma propriedade rural, em 2017, com 1.150 módulos fotovoltaicos e uma potência de 304 kWp. Já a usina fotovoltaica flutuante instalada no reservatório da UHE Porto Primavera 1, em Rosana (SP), tem potência instalada de 50 kW, além de 250 kW em terra.

Outro projeto de P&D instalou 100 kW de usina fotovoltaica flutuante no reservatório da hidrelétrica do município de Aimorés (MG), o qual será conectado na modalidade minigeração distribuída. Além desta, a UHE Itumbiara (MG/GO) ganhará também um sistema de geração de energia solar que terá capacidade instalada de 1 MWp, e a energia a ser gerada pelo sistema ficará armazenada em baterias. 

A EPE ressaltou que não há impedimentos regulatórios no setor elétrico para esse tipo de tecnologia, inclusive para participação nos leilões de energia promovidos pelo governo.

Vantagens 

Diversos estudos sobre usinas solares flutuantes indicam que a tecnologia fotovoltaica aplicada em reservatórios garante vantagens como ganho de eficiência dos módulos, redução de perda por sombreamento e sujeira, além da redução da evaporação dos reservatórios e da otimização do uso da rede de transmissão/distribuição pela geração híbrida entre as fontes solar e hidráulica.

A EPE destacou que o mercado de energia fotovoltaica flutuante tende a crescer com o amadurecimento das tecnologias, abrindo uma nova frente para a expansão global de energia renovável e trazendo oportunidades de crescimento para vários países e mercados.

SP prepara 2º projeto de usina solar flutuante

O governo do estado de São Paulo está preparando o segundo projeto de usina solar flutuante a ser instalado no reservatório Billings, com capacidade de 80 MW.

O edital de chamamento público será lançado até a primeira semana de setembro. O objetivo é substituir parte da energia usada hoje pela administração pública por energia renovável, aproveitando o espaço do reservatório de água.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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