Investimento alemão poderá alavancar projetos de H2V no Brasil

Documento assinado, nesta segunda-feira (13), reforça colaboração bilateral em ações de promoção de fontes renováveis
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39º encontro econômico Brasil-Alemanha. Foto: FIEMG/Divulgação

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro federal de Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, assinaram nesta segunda-feira (13) documento que reafirma a parceria energética Brasil-Alemanha.

Segundo o MME (Ministério de Minas e Energia), a colaboração contribui para o desenvolvimento do setor energético em ambos os países, com o objetivo de fortalecer a segurança energética, promover a transição e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Na ocasião, Silveira sugeriu a contratação de H2V (hidrogênio verde) por parte dos alemães para instalação de plantas industriais e demais projetos relacionados ao tema, fortalecendo o Programa Nacional do Hidrogênio.

“Tivemos uma conversa bastante objetiva no sentido de demonstrar a direção do Brasil de continuar desenvolvendo seu parque de energias renováveis e limpas”, destacou o ministro.

A ideia é fazer um leilão no Brasil, com garantia de contratação pelo governo alemão, para o desenvolvimento do programa de hidrogênio de baixo carbono tanto para o governo brasileiro, quanto para o alemão.

“Uma ação que vai ajudar a avançar ainda mais a matriz energética limpa do Brasil e que é o desafio do MME, de conciliar esta política de governo com o desenvolvimento econômico para geração de oportunidades para o povo brasileiro de forma a combater as desigualdades, ainda muito latentes na nossa sociedade”, completou.

Durante a assinatura, Alexandre Silveira enfatizou a importância do acordo e a intenção por parte do governo brasileiro, em manter a colaboração bilateral na área energética.

Segundo ele, o Brasil tem potencial para ser protagonista nessa pauta, tendo escala de mercado, recursos energéticos diversificados e abundantes, além de um setor energético com elevada matriz de fontes renováveis.

“As nossas energias limpas – solar, eólica e hidráulica – vem se desenvolvendo de forma exponencial. Há uma tendência de termos um grande superávit de energia no Brasil, que pode ser conciliado com os interesses da Alemanha em relação ao hidrogênio verde”, afirmou.

Robert Habeck também destacou o potencial brasileiro na geração de energias renováveis e comentou sobre as expectativas da parceria entre os dois países. Para ele, já há setores interessados em investir na produção de H2V.

“Considerando os enormes potenciais do Brasil, no fim da década corrente creio que iniciaremos um verdadeiro salto nestas novas energias, porque os equipamentos serão cada vez mais potentes e produtivos. Por esta razão, nós queremos elevar a uma grande escala a nossa cooperação na geração de energia. Nos próximos anos podemos chegar a bons resultados neste campo, este é um dos objetivos desta parceria energética”, ressaltou.

Energia verde

Ainda no evento, o ministro de Minas e Energia reafirmou aos parceiros alemães que a definição de energia “verde” inclui a diversidade de fontes energéticas limpas que o Brasil possui e que serão mantidos os elevados padrões de sustentabilidade energética.

“Temos interesse em contar com o engajamento de atores alemães na promoção da produção e uso de hidrogênio de baixo carbono, inclusive o verde, e produtos derivados no Brasil”, finalizou.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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