Fábrica de H2V da Unigel aumentará capacidade de produção para 240 MW

Expansão faz parte do MoU com a thyssenkrupp nucera; planta de hidrogênio verde será a 1ª em escala industrial do Brasil
13-03-23-canal-solar-Fábrica de H2V da Unigel aumentará capacidade de produção para 240 MW
(da esquerda para a direita): Werner Ponikwar, CEO da Unigel , Paulo Alvarenga, CEO da thyssenkrupp para a América do Sul, Ministro Robert Habeck e Roberto Noronha, CEO da Unigel. Foto: Divulgação

A thyssenkrupp nucera e a Unigel assinaram um MoU (Memorando de Entendimento) para aumentar a capacidade da planta de H2V (hidrogênio verde), que a empresa está construindo na Bahia, de 60 MW para 240 MW de eletrólise de água.

A cerimônia de assinatura foi realizada em Belo Horizonte (MG), durante a visita do Dr. Robert Habeck, ministro federal alemão de Assuntos Econômicos e Ação Climática. A fábrica da Unigel será a primeira planta de H2V em escala industrial do Brasil. A entrega está prevista para o final do ano.

De acordo com as companhias, este é um passo fundamental para ambas continuarem a colaboração para acelerar a transformação verde por meio do desenvolvimento da economia do hidrogênio verde em todo o mundo.

Na primeira fase, a planta terá capacidade total de eletrólise de água de 60 MW com eletrolisadores da thyssenkrupp nucera e uma capacidade inicial de produção de 10.000 toneladas/ano de hidrogênio verde para produzir 60.000 toneladas/ano de amônia verde.

“A fábrica de H2V da Unigel será a primeira em escala industrial no Brasil. Seguimos negociando parcerias estratégicas para viabilizar a realização das novas fases do projeto”, afirmou Roberto Noronha Santos, CEO da Unigel.

Segundo a companhia, o hidrogênio verde será utilizado em setores de difícil descarbonização, tais como a siderurgia, o refino de petróleo e a própria produção de amônia verde. Além disso, a amônia verde será utilizada na cadeia de valor da Unigel, por ser matéria-prima para a produção de fertilizantes e acrílicos.

“O Brasil apresenta uma combinação de fatores extremamente favoráveis para a implementação de projetos de H2V. Além de uma demanda doméstica da indústria, o país pode se tornar um dos maiores exportadores desse produto no mundo”, disse Paulo Alvarenga, CEO da thyssenkrupp para a América do Sul.

“Com nossa tecnologia de eletrólise de água, estamos contribuindo fortemente para o desenvolvimento de uma economia do hidrogênio e, assim, preparando o caminho para a transformação verde”, ressaltou.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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