Na data em que se comemora o Dia do Meteorologista, nesta sexta-feira (14), um relatório divulgado pela WMO (Organização Meteorológica Mundial, sigla em inglês) alerta para a necessidade do mundo aumentar os investimentos em energias renováveis.
Segundo a publicação, que está disponível para download em inglês, o suprimento de energia a partir de fontes limpas precisará dobrar nos próximos oito anos para limitar o aumento da temperatura mundial, em razão das consequências do aquecimento global.
No entendimento da entidade, as atuais promessas de investimentos em energia renovável representam menos da metade do que é necessário para alcançar as metas estipuladas pelo Acordo de Paris, que exige que 7,1 TW de capacidade de energia limpa sejam instalados até 2030.
Além disso, a organização aponta que os aportes em renováveis também precisam triplicar até 2050 para que o mundo consiga atingir a tão sonhada neutralidade de carbono.
Trata-se de uma meta capitaneada pela ONU (Organização das Nações Unidas), por meio da Convenção do Clima, que ganhou forte mobilização mundial e que conta com o objetivo de limitar o aquecimento global ao máximo de 2°C até o fim deste século, a partir do fim das emissões de gases tóxicos até o final de 2050.
Na avaliação de Petteri Taalas, secretário geral da entidade, o aumento dos investimentos em fontes limpas de energia pode ajudar a contribuir para a redução de até 75% das emissões de gases de efeito estufa em termos globais até 2030.
Por isso, ele afirma que trocar as fontes poluentes por renováveis, como solar e eólica, bem como aprimorar ações de eficiência energética é vital. “O tempo não está ao nosso lado e nosso clima está mudando diante de nossos olhos. Precisamos de uma transformação completa no nosso sistema global de energia”, disse ele.
O estudo
Desde 2019, a WOM divulga relatórios anuais com atualizações sobre o cenário climático mundial em resposta a um pedido da ONU para obter mais informações sobre as necessidades de adaptação dos países com relação ao aquecimento global.
O relatório deste ano foi apresentado na quinta-feira (13), na Escócia. A edição teve colaborações da IAE (Agência Internacional de Energia), IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica), IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável), entre outras organizações do setor privado e da sociedade civil.