Matéria publicada na 21ª edição da Revista Canal Solar
Os custos operacionais das indústrias, especialmente no setor alimentício, são consideravelmente impactados pelas despesas com energia. Além disso, a vulnerabilidade ao fornecimento intermitente ou a falta de energia pode acarretar prejuízos expressivos para as empresas, alcançando cifras milionárias.
A crescente preocupação com os elevados custos energéticos tem impulsionado a indústria brasileira a adotar medidas mais sustentáveis. Estratégias focadas em eficiência energética e incorporação de fontes renováveis têm sido amplamente exploradas para mitigar os impactos financeiros e ambientais.
Um exemplo é o Grupo SSA (São Salvador Alimentos), uma das principais produtoras de carne de frango do Brasil, presente em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a produção de ovos férteis até a distribuição de produtos in natura e processados no mercado nacional e internacional.
A companhia tomou uma decisão estratégica ao investir em uma solução híbrida para abastecer sua fábrica em Nova Veneza (GO). O sistema implantado para atender a unidade fabril integra a rede da concessionária e outras duas fontes próprias conectadas junto à carga, sendo uma UFV (usina fotovoltaica) de 5,7 MWp e uma UTE (usina termelétrica) de 12 MW.
Além dos ganhos financeiros, a empresa possui outro objetivo: ter uma pegada ambiental mais leve. Segundo Henrique Fernandes Borges, engenheiro eletricista do grupo SSA, com o cenário de carga que a unidade tem atualmente, a empresa irá economizar aproximadamente 48 mil litros de diesel por mês.
“Somando isso, com a energia que deixaremos de comprar do ACL (Ambiente de Contratação Livre) e, proporcionalmente, a não utilização do Sistema de Transmissão para esta parcela, nossa economia mensal passa de R$ 570 mil”, destacou.
Ao total, o empreendimento fotovoltaico possui 8.640 módulos Canadian Solar Hiku7 de 665 W e 16 inversores Sungrow SG250HX divididos em dois skids – solução que visa concentrar em apenas um local diversos dispositivos como transformador, inversores, painéis elétricos de proteção e controle, sistemas de comunicação e estrutura do abrigo destes dispositivos.
“Esse é o maior e mais tecnológico projeto híbrido do Brasil, aplicado diretamente em um complexo industrial (consumidor final)”, avaliou Borges.
“As três fontes (concessionária, UFV e UTE) operam sincronizadas com paralelismo permanente e são controladas por um sistema de gerenciamento de energia da DEIF extremamente confiável e tecnológico, com automação de alto nível”, enfatizou.
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