Maiores fabricantes de módulos mostram resiliência no 1º semestre de 2024

Apesar de enfrentar ventos contrários, empresas têm capacidade de fabricação suficiente para atender demanda, diz Wood Mackenzie
Maiores fabricantes de módulos mostram resiliência no 1º semestre de 2024
Fábrica de módulos fotovoltaicos da JA Solar na China. Foto: JA Solar/Divulgação

Segundo relatório da Wood Mackenzie, apesar de enfrentar desafios significativos, incluindo declínios de preços em módulos e na cadeia de suprimentos de silício, os dez maiores fabricantes de painéis solares atingiram uma taxa média de utilização de 66%.

O “Global solar module manufacturer ranking H1 2024” destacou a resiliência dessas empresas no primeiro semestre de 2024, ressaltando que possuem capacidade suficiente para atender à demanda anual global de módulos.

Um dos pontos mais notáveis foi o aumento de fabricantes não chineses no top 10 do ranking, com empresas da Índia, Cingapura e Japão ganhando destaque e deixando sua marca no mercado global.

Fonte: Wood Mackenzie

Conforme o estudo, tanto o 7º e o 9º lugares foram concedidos a várias empresas, devido a pontuações próximas. Fabricantes que obtiveram uma diferença de até 0,3 ponto entre suas classificações receberam a mesma posição no ranking.

“A lucratividade separou os principais participantes do setor. Enquanto muitas empresas enfrentaram perdas financeiras, oito dos 13 principais fabricantes relataram lucros positivos no primeiro semestre de 2024. Essa conquista destaca a capacidade de gerenciar reduções significativas de preços por meio de controle de custos eficaz e otimização de eficiência”, disse Yana Hryshko, consultora de gestão e chefe de pesquisa global da cadeia de suprimentos solares da Wood Mackenzie.

Mais dados

De acordo com o relatório, a transição para novas tecnologias está acontecendo mais rápido do que o mercado antecipou. A TOPCon está liderando em inovação tecnológica, enquanto a HJT e a BC também estão aumentando sua participação na produção. Além disso, os investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) estão aumentando, com média de 4% – o que representa uma alta em comparação a 2023. 

No entanto, a pesquisa também observou que o crescimento atual da demanda solar não aborda a sobrecapacidade causada pela rápida expansão da capacidade. “Os dez maiores fabricantes estão cada vez mais preocupados com baixas taxas de utilização e margens decrescentes, tornando-os mais cautelosos sobre seus planos de expansão”, comentou Hryshko. 

“A indústria fotovoltaica viu um declínio dramático nos preços dos módulos recentemente, caindo de US$ 0,24 por watt para US$ 0,08 por watt, o que é uma redução de mais de 70%. Essa redução significativa de preço colocou uma pressão considerável sobre as receitas e a lucratividade em todo o setor, levantando preocupações sobre a sustentabilidade de alguns fabricantes”, acrescentou.

A metodologia de pontuação da Wood Mackenzie avaliou mais de 38 fabricantes de painéis de 11 países, com capacidade total de produção e remessa respondendo por 68% e 84% do mundo, respectivamente. A classificação examina nove critérios diferentes, incluindo experiência em fabricação de módulos, integração vertical, desempenho financeiro e utilização de capacidade.

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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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