Energia solar supera carvão pela primeira vez na União Europeia

Bloco econômico registrou 338 GW de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica ao longo de 2024
Energia solar supera carvão pela primeira vez na União Europeia
Foto: Freepik

A energia solar superou o carvão na produção de eletricidade na União Europeia em 2024 pela primeira vez na história. Os dados são do relatório do grupo de reflexão sobre energia Ember divulgado nesta quinta-feira (23). 

O mapeamento mostra que os sistemas fotovoltaicos produziram cerca de 11% da eletricidade do bloco no ano passado, enquanto as usinas a carvão geraram 10%. O gás fóssil, por sua vez, caiu pelo quinto ano consecutivo, respondendo por 16% da matriz elétrica. “Este é um marco,” afirmou Beatrice Petrovich, coautora do relatório, ao The Guardian. 

Segundo ela, o uso de carvão no setor energético da União Europeia caiu 68% desde 2003. “O carvão é a forma mais antiga de produzir eletricidade, mas também a mais poluente. A energia solar é a estrela em ascensão”, completou.

O relatório aponta ainda que diversos países que compõem o bloco econômico reduziram o uso de carvão no último ano, com destaque para a Alemanha e a Polônia – dois grandes consumidores de carvão que avançaram no uso de fontes renováveis. A participação do carvão na rede elétrica alemã caiu 17%, enquanto que na Polônia a redução foi de 8%. 

Fonte: European Electricity Review 2025/Ember

De acordo com o relatório, a União Europeia acumulou 338 GW de capacidade instalada de energia solar em 2024, permanecendo no caminho certo para atingir a sua meta de 400 GW até 2025, com potencial de alcançar 750 GW até 2030, caso mantenha o ritmo atual de expansão.

“A Europa está aproveitando ao máximo os benefícios de custo, segurança e qualidade do ar proporcionados pelas fontes renováveis,” destacou Gregory Nemet, pesquisador de energia da Universidade de Wisconsin-Madison e coautor de um relatório do IPCC, à reportagem do The Guardian.

Para sustentar o crescimento em fontes de energia limpa na União Europeia, o estudo recomenda que mais investimentos sejam realizados em tecnologias de armazenamento, medidores inteligentes e outras formas de flexibilidade energética que alinhem a oferta variável de fontes renováveis com a demanda diária.

O estudo completo da Ember está disponível para download neste link.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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