Os investimentos no mercado global de tecnologias fotovoltaicas integradas a edifícios – conhecidas pela sigla BIPV (Building Integrated Photovoltaics) – devem mais do que dobrar até o fim desta década.
Segundo o mais recente relatório da BCC Research, o segmento deve saltar de US$ 17,1 bilhões em 2024 para US$ 42 bilhões em 2029, registrando uma taxa média de crescimento anual de 19,7% no período.
As soluções BIPV consistem na incorporação de painéis solares diretamente em elementos arquitetônicos, como fachadas, telhados e janelas. Essa integração tem ganhado espaço em projetos urbanos pela combinação entre estética, funcionalidade e sustentabilidade.
O estudo aponta que a expansão da modalidade está ancorada em uma série de fatores, incluindo o aumento da demanda por energia limpa, avanços tecnológicos em células solares e as políticas governamentais que incentivam construções energéticamente eficientes.
Além disso, a crescente pressão para reduzir as emissões de carbono tem levado empresas, consumidores e governos a buscarem alternativas sustentáveis.
Energia fotovoltaica integrada em edifícios: sistemas BIPV de A a Z
Análise do mercado e concorrência global
Com 88 tabelas de dados e 63 tabelas adicionais, o relatório apresenta uma análise aprofundada sobre o panorama atual e o futuro das tecnologias BIPV.
A metodologia considera dados de 2023, estimativas atualizadas para 2024 e projeções até 2029, segmentando o mercado por tecnologia, aplicação, tipo de usuário e região geográfica.
A publicação também oferece um mapeamento dos principais players do setor, como Tesla, Jinko Solar, Canadian Solar e Trina Solar, além de empresas especializadas como Heliatek, Onyx Solar e Ertex Solar.
O relatório avalia desde o portfólio de produtos e desempenho financeiro das companhias até seus movimentos estratégicos — como fusões, aquisições, lançamentos e parcerias.
O cenário competitivo é analisado à luz de fatores como inovações tecnológicas, registro de patentes, atividades de pesquisa e desafios relacionados às práticas ambientais, sociais e de governança. Há ainda uma seção dedicada à análise SWOT das quatro principais tecnologias BIPV do mercado.
Vale destacar que o levantamento considera apenas projetos comercialmente implantados, sejam eles novas construções ou reformas. Iniciativas ainda em fase de concepção, serviços pós-venda e projetos de rede elétrica de larga escala ficaram de fora dos cálculos de tamanho de mercado.
Expansão global e protagonismo urbano
A pesquisa revela ainda que o crescimento do setor é liderado por regiões como América do Norte, Europa, Ásia, Pacífico e América Latina – como destaque para países como Estados Unidos, Alemanha, China, Japão, Coreia do Sul e Brasil.
Esses mercados vêm se consolidando como pólos de inovação na adoção de BIPV, especialmente em empreendimentos urbanos comprometidos com metas de descarbonização.
O relatório também chama atenção para a desaceleração no ritmo de crescimento do mercado solar europeu em 2024. Após registrar uma expansão de mais de 40% no ano anterior, o setor avançou apenas 4% neste ano.
Apesar da queda percentual, o volume de novas instalações solares no continente atingiu um patamar inédito: foram adicionados 66 GW à capacidade instalada, superando o recorde anterior de 63 GW alcançado em 2023.
Os números demonstram que, embora o crescimento tenha perdido velocidade, a Europa segue investindo na expansão da energia solar como pilar de sua estratégia de transição energética.
Para acessar o estudo completo da BCC Research, clique neste link.
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