[gtranslate]

Taxa de juros e aprovação do crédito são os principais entraves para financiamento, diz pesquisa

Por um outro lado, é mais difícil obter a flexibilização na aprovação para um processo de geração

Para 72% das empresas do setor solar, as taxas de juros elevadas e a complexidade no processo de aprovação do crédito são os principais gargalos para o financiamento dos projetos, de acordo com estudo realizado pela Greener.

“O financiamento é um fator importante para alavancar as vendas. Porém, como as taxas são relativamente altas, eles enxergam a necessidade da melhoria de todo o processo burocrático para a aprovação do crédito. É preciso, portanto, que seja sempre avaliado as melhores linhas de financiamento”, comentou Márcio Takata, diretor da Greener.

Apesar das taxas de juros mais baixos serem um fator fundamental, a simplicidade e flexibilidade na aprovação do crédito são fatores relevantes para alavancar o volume de financiamentos no setor. De acordo com Bernardo Marangon, diretor da Exata Energia, para conseguir a flexibilidade na aprovação é preciso sempre diferenciar os financiamentos de pequenos e grandes projetos.

“Todos falam sobre a taxa de investimento mas poucos esquecem de falar sobre as garantias. Por exemplo, é mais fácil fazer um investimento no telhado da sua casa do banco que você já tem uma conta, pois, a princípio, eles já podem ter um crédito aprovado.

Por um outro lado, é mais difícil obter a flexibilização na aprovação para um processo de geração remota. Quem é empresário ou pessoa jurídica e quer instalar um sistema fotovoltaico na matriz da empresa precisa dar algo em troca como garantia. É necessário ter capacidade econômica para investir”, explicou Bernardo.

O estudo apontou também que, apesar de 81% das empresas terem efetuado ao menos uma operação de venda com financiamento bancário em 2019, este item foi identificado como um dos 6 principais entraves para se efetuar uma venda.

A Greener disponibilizou uma lista dos bancos mais utilizados pelas empresas para financiamento voltadas para a instalação de sistemas de geração de energia fotovoltaica no Brasil. Segue, abaixo:

Pesquisa aponta os cinco bancos mais utilizados para financiamento 

Santander

O banco disponibiliza crédito para a instalação de sistemas fotovoltaicos com um parcelamento de até 60 vezes. Disponível para pessoas física e jurídica. As opções disponíveis são: uma parcela mais 9 parcelas (sem juros). Uma parcela de entrada mais 23 parcelas, com uma taxa de juros de 1,10% ao mês. Por fim, a última opção é uma parcela mais 35 vezes, com uma taxa de juros de 1,45 ao mês.

Sicredi 

A Sicredi possui uma linha especial de financiamento para energia solar para seus associados, sejam eles pessoa física ou jurídica. A taxa de juros média é de 1,16% ao mês com prazo de pagamento de até 120 meses.

Sicoob 

O Sicoob oferece aos seus associados o financiamento para equipamentos, montagem e instalação de fonte de energia solar fotovoltaica. As taxas de juros variam entre entre 0,95% e 1,10% ao mês. O parcelamento inteiro é feito em até 60 meses.

BNB 

O Banco do Nordeste possui uma linha de financiamento específica para projetos de micro e minigeração de energia solar. O FNE Sol está disponível para empresas, produtores rurais, cooperativas e associações dos estados nordestinos, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Com um prazo de pagamento de até 144 meses, o FNE Sol financia até 100% do custo da obra. A taxa de juros varia entre 0,52% e 0,87% ao mês, variando de acordo com o porte do cliente.

Banco Votorantim 

O financiamento para Energia Solar BV é uma linha de crédito para quem quer instalar painéis solares fotovoltaicos para captação de energia no seu próprio imóvel residencial ou comercial. Segue as opções disponíveis: o financiamento é de até 100% do projeto (equipamento + instalação). São 5 anos para pagar o financiamento. Já a taxa pré-fixada a partir de 1,48% ao mês.

Financiamento produtor rural

As taxas de juros foram mantidas em níveis que permitem apoio ao produtor rural. No caso de custeio, comercialização e industrialização, será de 3% e 4,6% ao ano para os pequenos produtores (Pronaf), 6% para médios produtores (Pronamp) e 8% para demais produtores. Nos programas de investimentos, as taxas vão variar de 3% a 10,5% ao ano.

Segundo levantamento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os investimentos em geração distribuída solar nas propriedades rurais já passam de R$ 1,2 bilhão no Brasil. Atualmente, os produtores rurais representam por 8,7% da potência instalada na GD.

A pesquisa aponta ainda que, no total, já são mais de R$ 11,9 bilhões em investimentos acumulados desde 2012 na geração distribuída solar fotovoltaica, espalhados pelas cinco regiões nacionais. Com isso, a tecnologia solar está presente em mais de 79,9% dos municípios brasileiros.

Picture of Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal

Baixe Agora Seu Exemplar!

Preencha os dados acima e receba seu exemplar gratuito da Revista Canal Solar.

Baixe Agora Seu Exemplar!

Preencha os dados acima e receba seu exemplar gratuito da Revista Canal Solar.