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Minas Gerais se tornou o primeiro estado do Brasil a assinar um acordo com o Reino Unido para ações voltadas às mudanças climáticas mundiais.
O compromisso, firmado em Belo Horizonte, visa promover o desenvolvimento econômico sustentável e a campanha global “Race to Zero”, que tem como objetivo obter a neutralização de emissões e a descarbonização.
“É uma honra saber que Minas está na vanguarda assinando esse compromisso e que pode dar exemplo para outros estados. Sabemos que a redução de emissões não tem sido algo prioritário no Brasil, mas quero lembrar que aqui trataremos essa pauta com o maior respeito e empenho”, disse o governador Romeu Zema.
“Muita coisa no setor público não depende só de recursos. Precisamos ser criativos e buscar soluções que nunca foram buscadas”, afirmou, destacando a ampliação dos investimentos em geração de energia solar fotovoltaica.
Segundo Liz Davidson, embaixadora interina do Reino Unido no Brasil, o estado mineiro tem muito a ganhar com essa iniciativa, inclusive com a geração de mais receitas e empregos.
“Governos estaduais têm papel-chave nisso e estão sendo convidados a participar da corrida ao zero assumindo também esse compromisso. O Reino Unido quer reduzir em 68% a emissão até 2030. O Brasil tem enormes vantagens comparativas para se posicionar como uma economia verde”, ressaltou Liz.
Ainda de acordo com a embaixadora, as medidas de baixo carbono resultariam em um aumento acumulado de R$ 2,8 trilhões em 2030, e dois milhões de empregos a mais em 2030, principalmente no setor de indústria e serviços.
“Mudar a direção da nossa sociedade para o caminho mais sustentável é uma decisão inteligente e estratégica do ponto de vista da economia. Acredito que Minas tem oportunidade de ser protagonista não somente nacionalmente, mas internacionalmente”, concluiu Liz.
MG lidera ranking de energia solar
Segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Minas Gerais lidera o ranking estadual de geração distribuída fotovoltaica, com 790,7 MW de potência – o que representa 19,5% do total instalado no Brasil.
