Módulos de grande formato (incluindo 182 mm e 210 mm) rapidamente caíram no gosto do mercado mainstream, algo que tem sido perceptível na indústria fotovoltaica desde o ano passado. O sucesso, segundo um relatório recém-publicado pela PV InfoLink, fará com que esse tipo de módulo responda por cerca de 80% da participação do mercado até o final de 2022.
“A mudança para módulos de grande formato é irresistível do ponto de vista do suporte da cadeia industrial, redução de custos, capacidade de produção e participação de mercado”, frisa o relatório.
Espera-se, com isso, que a capacidade de produção de grandes células e módulos aumente ano a ano até 2025. Segundo o estudo, ao final do ano passado, as linhas de produção de células com tamanhos de até 182 mm e 210 mm atingiram 266 GW, enquanto os módulos de grande formato ficaram em 292 GW.
Com base em políticas externas e desenvolvimento de mercado, a pesquisa ainda mostra que é esperado que vários fabricantes de módulos aumentem sua capacidade de produção em muitos lugares do mundo. No sudeste asiático, a Trina Solar, por exemplo, é uma das empresas com capacidade de produção de módulos de 210 mm.
O que explica o crescimento?
De acordo com a PV InfoLink, com a conclusão de projetos mais antigos, houve um rápido declínio na demanda e na produção de wafers e de células de 158,75 mm (G1) desde o terceiro trimestre de 2021, o que acarretou em uma redução na participação do mercado de tamanho menores, como de 166 mm (M6).
Além disso, o estudo ressalta que o custo mais atrativo de módulos de grande formato também ajudam a explicar os números: o valor sem silício das células PERC de 166 mm é de 0,2 a 0,23 yuan por watt. Já o das células grandes varia de 0,17 a 0,21 yuan por watt.
Ainda de acordo com o estudo, a redução de custos trazida pelos módulos de grande formato também levou a uma expansão da capacidade da célula PERC – que ultrapassou a capacidade de 170 GW em 2021 e resultou em uma redução significativa da participação de mercado de células policristalinas e tipo N.