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Novo PL para o hidrogênio renovável deve ser apresentado em outubro

Deputado federal e presidente da Comissão Especial de Transição Energética realizou audiência pública na sede da FIESP, em São Paulo
Proposta será apresentada pelo deputado Arnaldo Jardim, presidente da Comissão Especial de Transição Energética da Câmara dos Deputados

Até o final de outubro, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) pretende apresentar uma nova proposta de marco legal para o hidrogênio renovável no Brasil. Segundo ele, os projetos que estão em tramitação hoje na Câmara e no Senado são bastante limitados e estão desatualizados.

“Eles [projetos] são muito importantes, mas a legislação que a gente vai oferecer ao final eu acho que ela será mais abrangente e mais atualizada. Ela se apoiará nos projetos, mas ela poderá ir além”, disse o deputado.

Atualmente, estão em tramitação no Congresso Nacional três projetos de lei relacionados ao hidrogênio: PL 725/22, PL 1878/22 e PL 2308/2023.

Jardim é presidente da Comissão Especial de Transição Energética da Câmara dos Deputados e nos próximos meses pretende realizar audiências estaduais para discutir as políticas para o mercado de hidrogênio no Brasil.

Na última sexta-feira (11) foi realizada uma reunião na capital paulista, na sede da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), que contou com representantes da ABEEólica, ABSOLAR, ABIOGÁS, FAPESP, COMERC Energia e da Universidade de São Paulo.

“Acredito que o hidrogênio verde é o vetor da neoindustrialização do país”, afirmou a diretora de Assuntos Regulatórios e Institucionais da Comerc, Ana Carla Petti.

A empresa, que é a maior comercializadora de energia do país, se juntou à Casa dos Ventos com a intenção de instalar uma fábrica de produção de hidrogênio verde e amônia no Complexo Portuário de Pecém, no Ceará.

A planta terá uma capacidade de até 2,4 GW de eletrólise para produção de mais de mil toneladas de hidrogênio por dia e 2,2 milhões de toneladas de amônia verde por ano. A previsão é que a primeira fase esteja em operação em 2026.

A vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio da ABSOLAR, Camila Ramos, defendeu a criação de incentivos fiscais, tributários e linhas de financiamento incentivadas para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio renovável.

“O primeiro passo é ter uma visão se queremos ser um grande produtor de hidrogênio renovável e como a gente vai fazer para chegar lá. Hoje a gente não tem nenhuma política com metas claras, com cronograma de curto, médio e longo prazos.”

Para Suani Teixeira Coelho, professora do Instituto de Energia e Meio Ambiente da USP, o Brasil precisa pensar na opção de utilizar o hidrogênio para produzir fertilizantes e combustível para transportes. “80% dos nossos fertilizantes são importados”, destacou.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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