Nos últimos três dias, a Europa tem enfrentado um início de verão com altas temperaturas, podendo chegar até 40 graus, impactando no preço da energia. Na França, a empresa estatal de energia, EDF, desativou a usina nuclear de Golfech, no sul do país.
A decisão foi tomada como medida para prevenir o aquecimento do rio Garonne, de onde vem a água utilizada para o resfriamento da usina. A Suíça também determinou que as atividades de suas usinas fossem reduzidas por conta do calor extremo.
“As condições climáticas dos últimos dias causaram uma elevação significativa da temperatura do rio Garonne, que deve atingir 28°C nesta segunda-feira, 30 de junho de 2025”, diz comunicado publicado pela estatal EDF. A empresa não mencionou quando a usina poderá voltar à atividade.
Baixa demanda repercute no preço da energia na Alemanha
Como os mercados de eletricidade na Europa são interligados, o impacto ultrapassou as fronteiras francesas. A queda na geração nuclear, somada à baixa produção de energia eólica na região, fez o preço da energia elétrica disparar na Alemanha.
Na noite de terça-feira (1), o valor por quilowatt-hora chegou a 76 centavos no horário de pico, de acordo com dados da fornecedora Tibber, que opera com preços baseados no mercado dinâmico. O salto de preço é explicado pela escassez temporária de oferta, causada pelas condições climáticas extremas.
Situações como essa já ocorreram anteriormente, mas estão se tornando mais frequentes. Nos últimos verões, usinas nucleares em países como França, Suíça e Alemanha já haviam reduzido sua produção por conta do superaquecimento de rios e lagos.
De acordo com o Serviço Meteorológico Alemão (DWD), a previsão é que as altas temperaturas ainda permaneçam. Com isso, a Alemanha poderá enfrentar um dos verões mais quentes do que o normalmente. O órgão de meteorologia aponta que há 81% de probabilidade de que, até agosto, o país irá ultrapassar as temperaturas do período de referência entre os anos de 1991 até 2020.
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