PB se remodela e aposta no desenvolvimento por meio da energia solar 

Estado brasileiro deve receber em cinco anos investimentos superiores a R$ 10 bi em projetos fotovoltaicos 
Além dos novos empreendimentos, a Paraíba também fechou neste ano outros acordos para o fomento da energia solar na região. Em junho, por exemplo, o governo estadual prometeu construir a maior fábrica de painéis solares da América Latina, em João Pessoa.
Além dos novos empreendimentos, a Paraíba também fechou neste ano outros acordos para o fomento da energia solar na região. Em junho, por exemplo, o governo estadual prometeu construir a maior fábrica de painéis solares da América Latina, em João Pessoa.

Na 17ª colocação entre os estados com maior potência instalada no Brasil, a Paraíba vem se remodelando neste ano e atraindo grandes investimentos no setor fotovoltaico, com a aprovação de projetos para construção de fábricas, parques e usinas solares.  

Na semana passada, em visita ao sertão paraibano, o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, revelou que o estado nordestino deverá receber em cinco anos um investimento superior a R$ 10 bilhões em projetos voltados para o desenvolvimento da fonte.

O executivo esteve na região para assinar a liberação de outorgas para implantação de usinas fotovoltaicas no município de Santa Luzia. “Vamos outorgar a construção de 12 parques solares que vão propiciar R$ 2,4 bilhões de investimento”, disse ele.

As obras das novas usinas devem ser iniciadas entre novembro e dezembro deste ano. A previsão é de que todas sejam entregues em até o final de 2026 e a expectativa é de que a primeira unidade já comece a gerar energia em março de 2023.

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Além dos novos empreendimentos, a Paraíba também fechou neste ano outros acordos para o fomento da energia solar na região. Em junho, por exemplo, o governo estadual prometeu construir a maior fábrica de painéis solares da América Latina, em João Pessoa.

A unidade deverá entrar em operação em janeiro de 2022, no distrito industrial do município, em uma área de 18 mil m². Para a sua construção, foram investidos mais de R$ 70 milhões, com expectativa de faturamento de R$ 160 milhões somente no primeiro ano de operação.

O espaço será gerido pelo grupo Balfar Solar, que prevê uma produção estimada em mais de 150 mil peças de painel solar por ano, com potência de 340 a 450 Wp para o mercado nacional. A estimativa da empresa é de gerar cerca de 100 empregos diretos e 3 mil indiretos, sendo a maioria deles de mão de obra local.

Em entrevistas recentes, o governador João Azevêdo, disse que a ideia de investir pesado na fonte é fazer do Estado uma referência nacional no setor fotovoltaico e, ao mesmo tempo, gerar novas oportunidades de negócios e capacidade de ampliação da oferta de emprego e renda para a população.

Atualmente, segundo dados da ANEEL, a Paraíba conta com 129 MW de potência solar instalada em 195 municípios. Trata-se de um número que, no momento, está bem abaixo dos estados com maior geração do país, como Minas Gerais (1,3 GW), São Paulo (913 MW) e Rio Grande do Sul (874 MW). 

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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