Primeiro barco solar auto-flutuante do mundo é desenvolvido na Rússia

Os painéis solares são instalados no casco e nas asas da embarcação
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Engenheiros da Universidade Politécnica de São Petersburgo, na Rússia, estão desenvolvendo o primeiro barco auto-flutuante movido a painéis fotovoltaicos do mundo. Segundo eles, a embarcação pode atingir tempos sustentados sobre as superfícies da água através do efeito de solo (GEV), que é a interação aerodinâmica entre as asas e a superfície.

“Os painéis solares são instalados no casco e nas asas da embarcação, enquanto um sistema de armazenamento é incorporado em seu núcleo. Nosso veículo com efeito de solo tem asas longas, portanto se move ao longo da própria almofada de ar”, disse os cientistas.

O grupo de pesquisadores destaca ainda que o piloto foi substituído pela tecnologia de inteligência artificial, que também reduz o peso da nave durante a operação. “Além disso, o novo barco tem reservas ilimitadas de energia”, acrescentaram.

Os engenheiros russos testarão o primeiro protótipo neste verão, entre junho e agosto, no rio Neva, perto de São Petersburgo.

Comparativos

Comparado a outros veículos GEV, o novo barco é considerado muito mais leve, pois não contém combustível residual. Por esse motivo, os cientistas acreditam que ele pode atingir velocidades mais altas do que os veículos GEV convencionais, que tendem a atingir a velocidade máxima em torno de 200 km / hora.

“Instalamos um radar a laser no barco para treinar o veículo com efeito de asa no chão para reconhecer os obstáculos e evitá-los. O radar de rádio também foi adicionado para aumentar o alcance do sistema de visão para 48 km”, disse o grupo.

O que é efeito de solo (GEV)?

Efeito solo é um efeito aerodinâmico onde o escoamento de ar ao redor de um corpo é interrompido pelo solo. Em aeronaves, por exemplo, conseguem um aumento na força de sustentação e também melhor eficiência voando perto do solo.

Em carros de corrida o objetivo do projeto é aumentar a sustentação no sentido do solo e não para cima, conseguindo assim maiores velocidades nas curvas. A ideia básica neste caso é criar uma região de baixa pressão abaixo do carro.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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