Em 2022, as ações do Procel (Programa de Conservação de Energia Elétrica) resultaram em uma economia de R$ 22,20 bilhões de kWh, equivalente ao abastecimento de uma cidade de 11,16 milhões de residências durante um ano, segundo relatório divulgado na última terça-feira (06).
Esse montante representou uma economia de energia correspondente a 4,5% do consumo total de eletricidade do Brasil no ano passado, evitando um custo de R$ 4,14 bilhão. Dessa forma, as ações impediram a emissão de 942 mil toneladas de gás carbônico ou o mesmo que as emissões de 323 mil veículos por ano.
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As principais ações de eficiência energética do programa são: Procel Reluz (investimentos em modernização da iluminação pública), Procel Educação (ações em escolas sobre consciência ambiental) e o Selo Procel (selo de eficiência de equipamentos eletroeletrônicos).
Por meio do Procel Reluz, sistemas de iluminação pública são instalados nos municípios, com economia financeira para as prefeituras e aumento da segurança para a população. No Procel Educação, a temática da eficiência energética é apresentada para diversas faixas etárias, tendo como foco não apenas os contextos escolares, mas também o cotidiano dos alunos.
O Selo Procel fornece insumos para que a compra dos equipamentos seja feita não somente pelo preço do produto, mas pela sua eficiência energética, o que influencia diretamente no custo mensal da conta da energia elétrica.
No setor da indústria o Procel está presente através de ações que promovem o uso eficiente da energia, reduzindo custos financeiros e ambientais. Essas ações se concretizaram em 2022 por meio do programa Aliança 2.0 e do projeto de sistemas termossolares para indústrias de bebidas.
No âmbito do fomento de projetos em eficiência energética, há o programa FGEnergia, em parceria com o BNDES, que oferece garantia financeira a micro, pequenas e médias empresas para a contratação de financiamento de seus projetos.
O Procel é um programa que visa incentivar o uso racional de energia elétrica e foi instituído em 1985 pelos ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio. Após 37 anos sob gestão estatal, neste mês a Eletrobras transferiu a secretaria executiva do programa para Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), conforme preconizado na Lei 14.182/21.
“O MME, como coordenador do Grupo Coordenador de Conservação de Energia Elétrica (GCCE) e presidente do Comitê Gestor de Eficiência Energética (CGEE), instâncias de governança do Programa, tem acompanhado e apoiado este processo, buscando manter a conexão entre as partes interessadas, e atuando para assegurar o seu alinhamento às normas e diretrizes governamentais, com foco na continuidade do bom desempenho do programa”, diz o MME em nota.
Uma resposta
A eficiência energética é nota 10. Eu acredito que gerar a própria energia é ainda muito, mas muito mesmo, mais eficiente que qualquer programa de eficiência. É nota 1000. Gerar a própria energia traz muito mais benefícios que a eficiência energética. O problema é que ainda temos que pagar o uso da rede para que os pobres não paguem a energia dos ricos que geram. Deixo algumas perguntas: Por que a eficiência não paga um subsídio para os pobres também? Por que não existem financiamentos do BNDS para que quer produzir mais energia e melhorar ainda mais todos os benefícios para a população, para o país e para o planeta? Por que esses benefícios ainda não foram valorados pelos orgãos competentes? Acredito que não seja interessante que o consumidor cativo se liberte. Hora de iniciar a instalação e atualização de sistemas de geração fotovoltaica já existentes em sistema híbridos, ou até mesmo isolados.