Projeção para reservatórios do SE/CO sobe para 72,6% em fevereiro de 2023

ONS atualizou os cenários para atendimento da demanda de energia nos próximos seis meses
23-09-22-canal-solar-Projeções para reservatórios do SECO sobe para 72,6% em fevereiro de 2023
Vertedouro da Barragem de Itaipu - Fronteira Brasil e Paraguai. Foto: Envato Elements

O principal subsistema do país, o Sudeste/Centro-Oeste, responsável por acumular 70% da água, deverá chegar ao final de fevereiro de 2023 com níveis entre 45,3% e 72,6% nos cenários conservador e favorável, respectivamente.

É o que apontou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que atualizou os cenários para atendimento da demanda de energia nos próximos seis meses. Os resultados indicam um panorama melhor do que o registrado em anos anteriores.

“Em fevereiro de 2021, um momento crítico, os reservatórios estavam com o nível médio de 29,5%. A previsão para 2023 é, na hipótese mais favorável, superior ao aferido em fevereiro de 2022 (57,9%)”, afirmaram.

Segundo o Operador, nos demais subsistemas, as estimativas para o final de fevereiro do ano que vem também apontam para um cenário semelhante.

O subsistema Nordeste, responsável por acumular 18% da água, deve atingir níveis entre 76,2% e 80%, superiores ao aferido em fevereiro de 2021 (52,2%) e similares àquele de fevereiro de 2022 (81,7%).

Já no Sul, as projeções apontam níveis entre 40% e 42% em fevereiro de 2023, perspectiva mais favorável ao patamar registrado ao final do mesmo período de 2022 (28,3%).

Por fim, a estimativa para o subsistema Norte indica para níveis entre 73,8% e 96,5%, uma estabilidade, no cenário mais favorável, em relação a fevereiro de 2022 (97,8%) e superior ao mesmo mês de 2021 (52,2%).

Mais dados

Os estudos conduzidos pelo ONS destacaram também as seguintes projeções para a ENA (Energia Natural Afluente) em fevereiro de 2023, considerando, respectivamente, os cenários menos e mais otimista em cada um dos subsistemas.

Os dados mostram 76% da MLT (Média de Longo Termo) e 96% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste; 44% da MLT e 66% da MLT no Sul; 76% da MLT e 110% da MLT no Nordeste; e 100% da MLT e 157% da MLT no Norte.

Referente ao SIN (Sistema Interligado Nacional), a previsão do mesmo índice para fevereiro de 2023 é de 75% da MLT no cenário mais desfavorável e de 102% da MLT em condições mais otimistas.

Resultado

As projeções para o final de fevereiro de 2023 indicam o pleno atendimento de energia e de potência, ou seja, há recursos suficientes para atender todo o consumo previsto.

De acordo com o Operador, o resultado é positivo e fortalece a segurança do atendimento da demanda por eletricidade da sociedade nos próximos meses, mesmo que o período úmido demore um pouco mais a chegar.

“As perspectivas de ENA para o período setembro-fevereiro no cenário menos favorável foram reduzidas em cerca de 2,6 GWmed em relação ao cenário da reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) de agosto. Considerando a hipótese mais otimista, a redução projetada é de 1,9 GWmed ante a estimativa anterior”, ressaltaram.

Durante a reunião do CMSE, o ONS também apresentou possíveis ações que poderão ser adotadas com o objetivo de garantir o suprimento de energia nos dias de eleição, como previsto na Resolução nº 1/2005 do CMSE.

A mesma determina que o Operador deverá propor iniciativas de segurança a fim de garantir o suprimento em eventos de grande relevância. O ONS divulgará em breve o Plano de Comunicação sobre Operação do Sistema Interligado Nacional durante as Eleições 2022.​

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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