O Norte foi a região brasileira que registrou o maior crescimento percentual de potência instalada em geração própria de energia solar em 2022, segundo apuração feita pela Canal Solar, com base em dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, a localidade expandiu em mais de 89% a sua capacidade em micro e mineração fotovoltaica ao longo do ano passado, saltando de 0,55 GW em 1º de janeiro para 1,04 GW em 31 de dezembro.
A região que mais se aproximou deste aumento percentual foi o Nordeste, com 87,22% de crescimento, seguida pelo Sudeste; Sul e Centro-Oeste, conforme a imagem abaixo:
De acordo com Helane Souza, head da Future Solar, fornecedora de equipamentos fotovoltaicos com sede em Manaus (AM), dois fatores ajudam a explicar esse crescimento.
Além do prazo final para pedidos de conexão por parte de consumidores que buscavam permanecer fora das regras da Lei 14.300, ela destacou os trabalhos de ampliação de linhas de transmissão realizados na região por parte do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
“Tivemos, por exemplo, a implantação de uma linha de transmissão no Amazonas que foi muito importante. Tratou-se de uma união de 138 kW, que trouxe a possibilidade de conexão de várias centrais geradoras e miniusinas solares”, comentou.
Muito a melhorar
Apesar do crescimento expressivo, a região Norte ainda é a localidade brasileira que apresenta os números menos positivos da GD solar, tendo em vista que todas as demais regiões já contam com ao menos 2,5 GW de potência instalada no segmento.
Além disso, atualmente, 35 dos 49 municípios brasileiros que ainda não possuem nenhum sistema de energia solar instalado no segmento de micro e minigeração distribuída estão localizados, justamente, em estados da região Norte, sobretudo em localidades remotas e de difícil acesso. Só no Amazonas, por exemplo, são 24 cidades sem acesso à fonte.
