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A revolução solar em curso no mundo e que queremos para o Brasil

Fonte tem potencial para ter mais um ano de forte crescimento no país
A revolução solar que está em curso no mundo e que queremos para o Brasil
fonte solar tem potencial para conhecer mais um ano de forte crescimento no país impulsionado pelo aumento das tarifas de energia. Foto: Freepik/Divulgação

Estamos diante de uma verdadeira revolução relacionada ao crescimento exponencial da fonte solar em escala global. 

Segundo dados da BloombergNEF, em 2004, o mundo levou um ano para instalar 1 GW de capacidade solar instalada. Em 2024, a previsão é de 655 GW, ou seja, equivalente a dois anos de 2004 a cada dia. 

Isso se dá devido ao barateamento da tecnologia solar, resultado do ciclo virtuoso das economias de escala ao nível mundial e a concentração da produção em um único país (China).  

No Brasil, a energia solar já chega a 47 GW de capacidade instalada segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar), partindo de uma base quase nula em 2012. Dos 47 GW, quase 70% são na modalidade de GD (geração distribuída), em grande parte de aplicação residencial.  

A fonte solar tem potencial para conhecer mais um ano de forte crescimento no país impulsionado pelo aumento das tarifas de energia (Região Norte), pela regulamentação do uso de baterias para armazenamento de energia, pela redução contínua dos custos dos módulos solares; pela versatilidade das aplicações (tetos solares, carports, projetos off grid) e pela ampliação do acesso ao crédito (BNDES).  

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Isso tem trazido apetite redobrado por parte de investidores financeiros, que encontram nos projetos solares de GD taxas de rentabilidade com dois dígitos e período de reembolso de investimento (payback) atraentes, entre oito e dez anos. 

No entanto, para que essa trajetória de crescimento continue avançando, será preciso superar alguns desafios

Na tentativa de equilibrar a oferta de energia para os grandes centros consumidores com a previsão de demanda nos meses de outubro e novembro, em que as temperaturas se elevam, e com expectativa de redução nos níveis dos principais reservatórios hídricos, termelétricas têm sido acionadas, com um custo extremamente elevado para o sistema elétrico

Outro recurso que vem sendo utilizado são cortes na geração de energia (curtailment) de fontes renováveis.  Segundo estimativas da ABSOLAR, com as medidas de “curtailment” impostas nos últimos dois anos, as empresas do setor amargaram prejuízos de R$ 237 milhões

Para um país que se empenha em uma jornada de transição energética buscando redução das emissões de carbono, sobretudo no setor de energia, o caminho deveria se desviar da imposição de limites à produção de fontes renováveis, e apontar na direção de consolidar uma infraestrutura capaz de acomodar soluções que estimulem a produção de energia limpa, eliminando os atuais gargalos e reduzindo o preço da energia para o consumidor final, através, por exemplo, da utilização de baterias carregadas com energia solar.

Assim se abriria no Brasil um ciclo de prosperidade energética baseado na revolução solar que está em curso no mundo.

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As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

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Aurélien Maudonnet
CEO da Helexia Brasil. Tem mais de 20 anos de experiência profissional, atuando há mais de 13 anos no setor de energia renovável. Possui MBA em gerenciamento internacional de negócios pela TRIUM (NYU Stern Nova York, HEC Paris, LSE Londres), em sua trajetória ocupou os cargos de CEO da Areva Renewable Brasil e CFO LATAM da Voltalia. À frente da Helexia, participa ativamente do debate sobre os cenários e caminhos da energia solar com um olhar jovem e apurado.

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