Ricardo Amorim: energia solar é um dos melhores investimentos 

Em entrevista ao Canal Solar, principal economistas do país destacou a importância da fonte para o futuro do Brasil 
Ricardo Amorim é um dos principais nomes do mercado
Ricardo Amorim é um dos principais nomes do mercado financeiro brasileiro e internacional. Foto: Divulgação

Quando o assunto é economia, Ricardo Amorim é um dos principais nomes do mercado financeiro brasileiro e internacional. Formado pela USP (Universidade de São Paulo), o economista trabalha desde 1992 como estrategista e gestor de investimentos.

Em 2015, foi eleito pela Revista Forbes uma das 100 figuras mais influentes do país e escolhido pelo LinkedIn como o maior influenciador do Brasil. Durante mais de 18 anos, participou do programa semanal Manhattan Connection, televisionado pela Globo News. 

Nesse meio tempo, também morou e trabalhou em grandes instituições financeiras na França e nos Estados Unidos. Em 2019, criou a Mentoria Ricardo Amorim, onde presta consultoria financeira e estratégica para empresários. 

Em entrevista ao Canal Solar, no Palácio Tangará, em São Paulo, em evento da Huawei, Amorim foi categórico ao dizer que a energia solar fotovoltaica é um dos melhores investimentos que uma pessoa pode realizar nos dias de hoje.  

“Há um ano, eu coloquei painéis fotovoltaicos em casa e, além de ter feito isso, também recomendei para quem quisesse, porque, na época, já era um investimento que se pagava melhor do que qualquer outro”, disse ele. 

O economista explicou que o mundo passa por uma grande transformação nos últimos anos, com consecutivos aumentos nos custos de energia, sobretudo, do petróleo e do gás natural. “No Brasil, as energias mais limpas eram antes as mais caras. Nos últimos anos, se inverteu e elas passaram a ser as mais baratas”, destacou. 

Amorim lembra também que, neste ano, o Brasil registrou um grande aumento no custo da energia elétrica, por causa da falta de água nos reservatórios – o que elevou a competitividade da fonte fotovoltaica a níveis nunca antes vistos. “A energia solar já era atraente antes e hoje é muito mais”, ressaltou. 

Aumentos na conta de luz 

Por causa dos efeitos da maior seca dos últimos 91 anos e da decisão do Governo Federal de apostar em termelétricas e importar energia de países vizinhos, as famílias brasileiras tiveram que pagar mais caro para utilizar eletricidade em suas residências ao longo do ano. Ao todo, foram quatro aumentos no valor da conta de luz entre janeiro e novembro. 

Para 2022, o cenário promete ser ainda mais complicado, com novos aumentos nas tarifas de energia, conforme preveem documentos oficiais do Governo Federal e do próprio setor elétrico. Ao todo, o custo da conta de luz deverá subir mais de 20% durante o próximo ano. 

Trata-se de uma alta que promete turbinar ainda mais a inflação e corroer a renda do cidadão brasileiro. “Se antes o papel (da energia solar) era importante por uma questão ambiental, hoje também é por uma questão financeira. Esse papel da energia solar, inclusive, só tem a crescer”, finalizou Amorim. 

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

Uma resposta

  1. Prezados,
    Acho graça que é preciso vir um economista avalizar que a geração fotovoltaica é o melhor investimento. Para análise da viabilidade econômica desse sistema não há necessidade de sofisticados conhecimentos em matemática financeira. Há métodos muitos simples como paypack ( cálculo simples do retorno do investimento); valor presente líquido (VPL); método fluxo de caixa descontado; taxa interna de retorno, etc. Hoje a volúpia das inovações nessa área é estupenda. Os sistema on estão consolidados e off, com as intensas pesquisas para as baterias, daqui pouco anos, será também uma excelente alternativa. Somos, como não é novidade, privilegiados em energias renováveis. Solar, que a fonte mais democrática, banha o nosso país de norte a sul, de leste a oste. Como já frisamos, a nossa média de KWh/m² é maior do que as máximas do mercado comum europeu. Mesmo assim, temos menor capacidade instalada do que a maiores dos países ali situada. No caso da eólica, quando estamos no período seco, que vai de maios a novembro, venta muito nas regiões norte, nordeste e sul. Ambas as formas de energia podem funcionar como uma importante fonte primária, limpa e renováveis complementar às fontes hidráulicas, na qual estamos vivemos uma crise que nos faz andar no fio da navalha. O meu slogan prefiro: Precisamos deixar de ser um país estranho.

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