RJ deve puxar crescimento da GD no país após isenção de ICMS

Minas se tornou líder isolado de GD justamente por adotar, com pioneirismo, os incentivos fiscais à geração

O estado do Rio de Janeiro deve dobrar sua capacidade instalada em sistemas de microgeração e minigeração de energia elétrica, assumindo a quarta posição no ranking de GD (geração distribuída) do Brasil em 2021. É o que aponta as projeções da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída).

De acordo com a associação, o crescimento do estado será impulsionado devido à isenção de projetos de até 5 MW da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A lei, aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), foi sancionada pelo governador no início do mês.

Hoje, o estado ocupa a oitava posição no ranking brasileiro de potência instalada, com 138 MW. Em primeiro lugar, está Minas Gerais, com 674 MW, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 420 MW, e por São Paulo, com 403 MW. Em MG, a isenção de ICMS para projetos de até 5 MW está em vigor desde 2017.

“Minas se tornou líder isolado de GD justamente por adotar, com pioneirismo, os incentivos fiscais à geração distribuída com fontes renováveis feita pelos próprios consumidores. Com todos os benefícios oriundos da GD, o Rio de Janeiro demandará quase 3,5 mil novos empregos especializados para instalar todos esses sistemas”, afirma Carlos Evangelista, presidente da ABGD.

Evangelista ainda destaca que a retomada econômica pós-isolamento social também deve contribuir para o aumento expressivo da potência instalada no RJ. “Gerar a própria energia pode ser uma ferramenta interessante para recuperar o faturamento das empresas, pois reduz consideravelmente a conta de luz. Além disso, a procura por opções sustentáveis e descentralizadas têm sido cada vez maior”, ressalta o executivo.

Marco Weirich, sócio da Joulew Negócios em Energias Renováveis, destaca as vantagens da sanção da lei para o estado e para o país. “Vale ressaltar as ações positivas desta medida, entre elas, a redução de custos aos consumidores do mercado regulado, o crescimento de empresas integradoras que gerarão empregos diretos, oportunidades aos fabricantes de tecnologia, materiais elétricos e metálicos e ao produtor rural, que poderá arrendar suas áreas para as instalações de fazendas solares. Enfim, toda uma cadeia produtiva proporcionando o incremento da economia estadual e contribuindo para um mundo mais sustentável”, ressalta Weirich.

 

Imagem de Ericka Araújo
Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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