Durante participação no podcast Papo Solar, Felipe Smith, diretor-executivo da Tokio Marine, comentou que os seguros para o mercado fotovoltaico possuem um potencial enorme de crescimento no Brasil.
De acordo com o executivo, mesmo representando menos de 2% da matriz energética brasileira, a fonte solar segue aumentando exponencialmente e tem uma capacidade muito grande para investimentos. “O seguro nessa área, com certeza, vai caminhar com a expansão do mercado como um todo”, ressaltou.
“O segmento fotovoltaico é ainda pequeno quando se olha a questão de geração de energia no país. A fonte eólica, por exemplo, já tem quase 10% da matriz energética. Mas porque a energia solar não pode atingir o mesmo percentual de 10%?”, acrescentou o especialista.
Outro ponto destacado por Smith é o crescimento de investimentos do setor agrícola em energia solar, que também tem contratado cada vez mais o serviço de seguros. “A solar tem sido uma solução, principalmente em locais mais isolados, já que é muito boa para irrigação, bombeamento de água e refrigeração. Então, o seguro de solar para esse segmento vai crescer nessa mesma curva exponencial do fotovoltaico e do agro”.
Seguro agrícola
Ao longo do podcast, Smith também comentou que a empresa está com planos para a abertura de novos produtos para seguros no mercado solar.
“O agricultor que investe na parte de tecnologia e de irrigação própria tem preços mais competitivos, não é mesmo? Então, isso é bom. Porque eu tendo produtos para essa área de equipamentos solares na zona rural, que é o nosso próximo passo, ele terá também uma precificação melhor quando fizer o seguro da própria safra”, concluiu.
Agronegócio e energia solar
Segundo Alexandre Borin, gerente comercial da Fronius do Brasil, o agronegócio é o segmento de mercado que mais cresceu e investiu em energia solar fotovoltaica em 2020.
Para o especialista, isso ocorreu devido ao aumento do faturamento das empresas ligadas à exportação e da elevação nos preços da energia elétrica devido à variação cambial.
“Conversando com parceiros, eles relataram estarem com muitos projetos em cooperativas, aviários e com produtores rurais. Ou seja, estão consumindo muito mais inversores trifásicos do que monofásicos”, relatou.