Setor elétrico precisa firmar pacto para alcançar bom desfecho, diz Arnaldo Jardim

Emenda sugerida visa permitir que parte da energia contratada pelos consumidores livres possa ser proveniente da geração distribuída
Deputado Arnaldo Jardim. Foto: Mario Agra/ Câmara dos Deputados

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP) participou nesta terça-feira (2) do 1º Fórum Análise Setorial, promovido pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), em parceria com a Dominium Group.

Para o parlamentar, os agentes do setor precisam firmar um pacto para enfrentar o atual momento desafiador. Caso contrário, será difícil que as medidas provisórias em tramitação no Congresso Nacional tenham um desfecho positivo.

Jardim afirmou que o setor está maduro para uma reforma abrangente. Segundo ele, o perfil de geração de energia mudou profundamente – não apenas pelo avanço da geração distribuída, mas também pela intermitência das fontes renováveis. 

Além disso, o mercado livre está em plena expansão e a digitalização, aliada ao impacto da inteligência artificial, já altera a dinâmica do setor. “Tudo aquilo que já era uma dificuldade e exigia um projeto de reforma se aprofundou ao longo do tempo”, avaliou.

O deputado disse ainda que conversou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para que temas como o curtailment e o armazenamento de energia fossem incorporados à MP 1.304/2025, que trata da criação de um teto para a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

“O teto da CDE merece um capítulo à parte. Considero positivo prever um limite, porque, se a conta não for bem administrada, pode aprofundar distorções no setor. Também tenho discutido com representantes do mercado a possibilidade de, se há um teto geral para a CDE, por que não estabelecer tetos específicos para diferentes segmentos? Isso evitaria uma disputa interna dentro do setor”, afirmou.

Outra emenda sugerida por Jardim é permitir que parte da energia contratada pelos consumidores livres possa ser proveniente da geração distribuída. “Hoje, a grande questão que nos trouxe a esse cenário desafiador é o acúmulo de distorções setoriais. Se não conseguirmos encontrar um ponto de equilíbrio, será muito difícil sair dessa situação”, concluiu.

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Foto de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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