25 de abril de 2024
solar
No Brasil Hoje

Potencia GC SolarGC 13,4GW

No Brasil Hoje

Potencia GD SolarGD 28,7GW

Setor varejista é o que mais investiu em energia solar no 1º semestre

Estudo aponta ainda que o financiamento bancário já está presente em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos

Autor: 17 de agosto de 2021agosto 31st, 2021Brasil
4 minutos de leitura
Setor varejista é o que mais investiu em energia solar no 1º semestre

Segundo levantamento realizado pela Greener, empresa de consultoria e pesquisa, dentre os consumidores comerciais, o varejo é o setor que mais instalou sistemas fotovoltaicos no primeiro semestre de 2021, representando 38% das implementações. 

O destaque ficou para os supermercados (22%) e postos de combustível (9%). Já no setor de serviços, que representa 35%, o segmento hoteleiro se destacou com 14%, seguido pela área de saúde (clínicas, hospitais e laboratórios) com 10%.

“O mercado varejista é uma grande tendência, está impulsionando a GD (geração distribuída) no Brasil, principalmente nesse momento de retomada econômica”, disse Márcio Takata, diretor da Greener. 

Leia mais: Mercado varejista aposta em solar para reduzir gastos com conta de luz

Em relação ao porte das empresas consumidoras que instalaram as usinas solares, as de micro e pequeno porte lideraram o uso dos sistemas. Na pesquisa, mais de 74% das instalações comerciais foram direcionadas para essas categorias. 

Financiamento bancário

Outro ponto ressaltado pelo relatório é sobre o financiamento bancário, que já está presente em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos realizadas em 2021. “É um dado muito significativo quando comparado aos últimos anos”, apontou o executivo. 

O banco mais utilizado foi o BV, representando 48%, seguido do Santander, com 32%, e Solfácil, com 27%. Sicreedi e Sicoob, corresponderam por 24% e 23%, respectivamente. Na quinta colocação está o Banco do Brasil, com 16%. “A solar contribui para trazer melhores condições para as empresas, traz mais competitividade”, ressaltou Takata. 

Estimativa de payback residencial

De acordo com a consultoria, o valor dos sistemas residenciais foi de R$ 4,88/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 4 kWp). O cálculo leva em consideração a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR (Performance Ratio) de 75% e índice de simultaneidade de 30%.

Em relação à última pesquisa GD, por exemplo, o tempo médio de payback de uma usina fotovoltaica de porte residencial diminuiu, em média, 5,9%. Os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Minas Gerais foram os que mais sofreram redução, enquanto Maranhão teve um leve aumento de payback.

Estimativa de payback comercial

Referente ao valor dos sistemas comerciais, o mesmo foi de R$ 3,89/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 50 kWp). O cálculo considera a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR de 75% e índice de simultaneidade de 70%.

Em relação à última pesquisa GD, o tempo médio de payback de um sistema fotovoltaico de porte comercial diminuiu, em média, 5,4%. Os estados de Alagoas e Rio Grande do Sul foram os mais impactados, apresentando melhora significativa no payback médio, enquanto Rondônia e Amapá foram os menos impactados.

Estimativa de payback industrial

Já o valor dos sistemas industriais foi de R$ 3,59/Wp (dados médios conforme pesquisa GD 1° sem. 2021 para sistemas de 300 kWp). O cálculo considera a produtividade do local, o custo médio dos sistemas, a tarifa das concessionárias, um PR de 75% e índice de simultaneidade de 50%.

Em relação à última pesquisa GD, o tempo médio de payback de um sistema fotovoltaico de porte industrial diminuiu, em média, 10,2% no país. Os Estados de Alagoas, Paraná e Pernambuco ficaram entre os mais impactados, com melhora mais significativa de payback

Leia mais: Importação de painéis no 1º semestre de 2021 supera volume de 2020

Mais dados

Apesar da elevação dos custos de módulos, a Greener indicou que os preços dos sistemas fotovoltaicos residenciais para o cliente final se mantiveram estáveis. Os comerciais de médio e grande porte apresentaram elevação nos preços.

Mesmo com tal estabilidade identificada no segmento residencial nos últimos semestres, o setor acumulou uma queda de 44% nos últimos 5 anos. Clique aqui e acesse o estudo completo.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

Comentar

*Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Canal Solar.
É proibida a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes e direitos de terceiros.
O Canal Solar reserva-se o direito de vetar comentários preconceituosos, ofensivos, inadequados ou incompatíveis com os assuntos abordados nesta matéria.