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Sindicato alerta sobre segurança dos cabos elétricos em instalações FV

Sindicel chama a atenção para os riscos que o uso de um cabo “fake” pode causar em um sistema de energia solar 
Cabos para instalação devem ser produzidos conforme a NBR 16612. Foto: Divulgação

O Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo) emitiu um alerta para que os consumidores redobrem a atenção com relação à instalação de cabos elétricos em sistemas de energia solar.

De acordo com a entidade, a preocupação é necessária pois existem hoje no mercado fotovoltaico brasileiro diversos equipamentos sendo comercializados sem estarem em conformidade com as normas ABNT – o órgão de normalização oficial do país. 

No comunicado, a associação destaca que isso ocorre porque não há no Brasil uma certificação compulsória do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para cabos fotovoltaicos, mas apenas uma certificação voluntária. 

“Alguns fabricantes já possuem essa certificação voluntária de conformidade do produto, de acordo com os critérios do INMETRO, mas infelizmente nem toda a certificação possui um bom corpo técnico e o principal, credibilidade”, pontua o Sindicel.   

A associação frisa que os cabos para instalação devem ser produzidos conforme a norma ABNT, que para esses produtos é a NBR 16612 (Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C entre condutores – Requisitos de desempenho). 

Cabo “fake”

O Sindicel reitera que o uso do cabo fotovoltaico precisa garantir que mesmo nas regiões mais quentes do país a sua durabilidade seja igual ou maior que a vida útil do sistema (em torno de 25 anos). “Ele é resistente a intempéries, pode ficar exposto a ambientes salinos e tudo isso garante a segurança necessária ao sistema”. 

Foto: Sindicel

Além disso, os compostos de isolação e cobertura são termofixos e não-halogenados. Ou seja, na presença de fogo, não derrete e ainda produz poucos gases tóxicos. 

O problema é que, segundo a associação, existem fabricantes que estão produzindo cabos convencionais não-halogenados, os chamando de cabo solar e dizendo que atendem a NBR 16612. Porém, se for ensaiado conforme esta norma, ele é reprovado, pois seria um cabo “fake”. 

“Este cabo fake não possui a durabilidade de cabo para sistemas fotovoltaicos e, caso utilizado, ele trará problemas antes que outras partes do sistema de geração de energia solar, podendo colocar pessoas e o sistema todo em risco”, destaca a associação. 

O que fazer?

Para não haver surpresas indesejáveis, o Sindicel recomenda atenção para alguns pontos, entre eles que os consumidores fiquem de olho no preço do produto. “Cabo baseado na norma 16612 com preço máximo ao valor de cabos convencionais com isolação 0,6/1 kV, é um forte indício de cabo fake”.    

A entidade também destaca que em casos de dúvidas, os consumidores podem optar por consultar e comprar os cabos solares dos fabricantes associados ao próprio Sindicel. 

Foto: Sindicel
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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

Uma resposta

  1. Bom dia.
    Informação de grande validade para os consumidores do produto.
    Com isso nos podemos cobrar dos representantes qualidade e sertificação.

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