A Canadian Solar anunciou nesta semana que assinou um acordo com a SPIC Brasil para vender 70% de participação dos seus projetos solares no Brasil. Ao todo, os empreendimentos totalizam 738 MWp.
Os projetos Marangatu (446 MWp) e Panati-Sitiá (292 MWp) estão localizados no Piauí e Ceará, cobrindo uma área de 2,2 mil hectares. Ambos os projetos estão em estágio avançado de desenvolvimento e devem iniciar a construção no final de 2022. A expectativa é que entrem em operação comercial no final de 2023.
De acordo com a Canadian, Cerca de 75% da energia assegurada de Marangatu e Panati-Sitiá já está comprometida por meio de PPAs (contratos de compra de energia) de longo prazo, e o restante será vendido no mercado livre.
“Com esta venda, a Canadian Solar terá monetizado com sucesso 2,3 GWp de projetos solares em escala comercial no Brasil. Continuaremos executando e monetizando nosso portfólio remanescente de 1,6 GWp de projetos no país”, comentou Shawn Qu, presidente e CEO da Canadian Solar.
“Sabemos que a energia solar é uma fonte fundamental para a transição energética para uma economia de baixo carbono. Esta aquisição marca o primeiro investimento solar da empresa no Brasil”, afirmou Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.
O fechamento da operação está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ao cumprimento de algumas condições precedentes normais para esse tipo de aquisição.
Atualmente, a SPIC Brasil possui uma capacidade instalada total de 187 GW, dos quais 3 GW estão no Brasil. A empresa opera a hidrelétrica de São Simão, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Goiás; dois parques eólicos na Paraíba – Millennium e Vale dos Ventos – e participa do maior complexo de gás natural da América Latina, o GNA (Gás Natural Açu), em São João da Barra.