Transformação digital dos meios de pagamento e mudanças de hábito do consumidor

O anúncio do Pix, a comodidade das contas digitais e a chegada do Open Banking são efeitos irreversíveis
A transformação digital nos dá liberdade para escolher onde, como e quando pagar contas, transacionar valores, investir em ações, entre outros. Foto: Elements.

Em pleno ano de 2022, e as pessoas ainda se perguntam qual o grande segredo das startups. Alguns acham que é o crescimento acelerado,; outros, criatividade; e tem aqueles que acham que é sorte.

Mas o fato é que o sucesso de uma startup está intimamente ligado à sua capacidade de se adequar à demanda e necessidades do seu público-alvo, mesmo que isso signifique revolucionar todo um mercado, reverter tradicionais logísticas de produção e alterar os hábitos das gerações futuras.

Estamos vivendo bem no meio de uma grande revolução, que não era vista desde o começo da era industrial: a transformação digital, que está redefinindo a forma de interação com os consumidores.

Tudo em tempo o mais próximo do real possível, ofertas e serviços personalizados, e – essa parte é importante – serviços altamente escalonáveis, para satisfazer a expectativa dos consumidores em relação à qualidade e disponibilidade. Muitas coisas que antes eram impensáveis.

A inovação que o digital traz é tanta, que nem conseguimos imaginar onde vai parar, em nossos smartwatches, smart cars, ou em viagens à Marte. E já temos muitos exemplos de startups que romperam a barreira de crescimento e chegaram ao nível das grandes empresas, como é o caso da Netflix, Nubank, iFood e o Uber.

Apesar de atuarem em diferentes segmentos, o que essas empresas têm em comum é o fato de terem sido capazes de promover mudanças tão profundas nos hábitos dos consumidores, que hoje é quase impossível pensar em nossas vidas sem elas.

Parece que os serviços e tecnologias que essas empresas nos trouxeram sempre estiveram com a gente, em nossas casas, na rua, e, principalmente, em nossos smartphones. Afinal, quem hoje ainda pega fila no banco para ver o saldo da conta corrente? Ou quem se lembra que já existiram grandes redes de locadoras de vídeos? Aliás, quem se lembra o que é fita VHS?

Essas coisas não existem mais. Elas foram apagadas da nossa memória, ou melhor, foram substituídas por novas e melhores lembranças do mundo digital. O mesmo está acontecendo com os meios de pagamento.

O anúncio do Pix, a comodidade das contas digitais e a chegada do Open Banking – tudo sustentado pela digitalização – são alguns dos efeitos irreversíveis do avanço tecnológico nessa área, que está impactando todos os segmentos comerciais, do varejo ao setor de serviços, turismo, e até o de energia solar.

Hoje temos acesso a recursos nunca antes imaginados e temos o poder de decisão cada vez mais em nossas mãos. A transformação digital nos dá liberdade para escolher onde, como e quando pagar contas, transacionar valores, investir em ações, comercializar o que produzimos e gerenciar tudo isso de perto.

Nossos hábitos já foram definitivamente alterados e não há como voltar atrás. Podemos inclusive gerar a nossa própria energia elétrica, por exemplo, e, em um futuro breve, transferir, repassar ou disponibilizar para outros consumidores, nos tornando “prossumidores” (produtores + consumidores).

Ou podemos abrir uma conta com todas as facilidades que um banco pode oferecer, por meio do nosso smartphone, sem precisar pisar numa agência. Quem estiver pronto para acompanhar as inovações que virão com avanço da digitalização, sairá na frente da concorrência na busca pelo sucesso e estará apto a ditar os novos modelos de consumo. Não será uma tarefa fácil, mas sem dúvidas será recompensadora.

Imagem de Gabriel Terçarolli
Gabriel Terçarolli
Diretor de Marketing da greenfintech Edmond. Graduação em Marketing pela ESIC Business & Marketing School.

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