27 de abril de 2024
solar
No Brasil Hoje

Potencia GC SolarGC 13,4GW

No Brasil Hoje

Potencia GD SolarGD 28,7GW

Três em cada quatro indústrias do país têm interesse em energia solar

Pesquisa da CNI aponta que 75% dos empresários do setor têm muito ou algum interesse em adotar a fonte

Autor: 24 de novembro de 2023Indicadores
4 minutos de leitura
Três em cada quatro indústrias do país têm interesse em energia solar

Foto: Freepik

A energia solar é a fonte renovável que desperta o maior interesse dos empresários brasileiros que atuam no segmento das indústrias. É o que mostra uma pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta sexta-feira (24).

De acordo com o estudo, 75% dos entrevistados disseram ter muito ou algum interesse em adotar esse tipo de fonte energética. Em segundo lugar, aparece o hidrogênio verde ou de baixo carbono, com 19% e, em terceiro, a eólica, com 13%.

O levantamento mostra também que 53% das indústrias já têm projetos ou ações voltadas para o uso de fontes renováveisNestas empresas, a fonte solar é a que concentra o maior foco de iniciativas (91% das companhias). Biomassa (5%), eólica (3%) e hidrogênio de baixo carbono (1%) respondem pelas demais fontes estudadas.  

“O Brasil se encontra na vanguarda da transição energética, com elevada participação de fontes renováveis na matriz energética, e segue em uma trajetória sustentável, ampliando e diversificando, cada vez mais, o uso dessas fontes limpas e renováveis”, afirma Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.

A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes em todos os estados do Brasil. O levantamento foi conduzido pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem, da FSB Holding, entre os dias 3 e 20 de novembro.

Financiamento e tecnologias verdes

De acordo com o estudo da CNI, a necessidade de expansão do número de indústrias que conseguem acessar formas de financiamento para iniciativas sustentáveis é uma das necessidades apontadas pelo setor privado para impulsionar uma economia de baixo carbono, assim como a disseminação de tecnologias verdes.

Do total de entrevistados, 67% demonstraram interesse em acessar linhas de crédito com esse objetivo, mas nem todos concretizaram essa intençãoApenas 16% buscaram algum incentivo de crédito público para projetos sustentáveis e 6% conseguiram. 

O crédito privado se mostrou mais acessível na pesquisa aos empresários: 24% buscaram e 15% conseguiram. Para 62%, o acesso ao financiamento para ações em sustentabilidade é considerado difícil ou muito difícil. 

A dificuldade de crédito ou financiamento, inclusive, aparece como a terceira principal barreira para implantar ações de sustentabilidade (apontada por 22%), atrás apenas da falta de incentivo do governo (51%) e falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor (39%). 

Quanto à adoção de novas tecnologias para impulsionar a produção sustentável nas fábricas, 75% têm interesse em linhas de crédito para novas tecnologias verdes. Outros 66% disseram precisar de novas tecnologias de baixo carbono e 59% têm interesse em modernização de maquinário para atingir metas de descarbonização. 

Também nesse ponto, a atuação do poder público é considerada insuficiente: 88% acreditam que há falta de incentivo tributário para fazer esse tipo de mudança.

Mercado de carbono

Além dessas medidas, a criação de um mercado regulado de carbono é apontada pelos entrevistados como um avanço necessário na agenda sustentável. 

Para 78% dos empresários, a lei que regulamenta a iniciativa, em discussão na Câmara dos Deputados, é considerada importante ou muito importante.

“O mercado regulado de carbono que contemple, por exemplo, a participação da indústria na governança e não considere sanções e penalidade desproporcional, vai contribuir para que o país atinja as metas climáticas”, disse Muniz.

Para ele, a iniciativa precisa ser entendida como uma medida complementar a outras agendas verdes, como a “expansão das energias renováveis, o fortalecimento da política nacional de biocombustíveis e, principalmente, a redução do desmatamento ilegal”, complementou. 

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

Um comentário

  • Mesmo sendo a maior potencia multienergetica do planeta, o Brasil ainda é muito carente em energia, que sera necessária para a Reindustrialização Verde, o Canada por exemplo oferece 4,4 vezes mais energia per capta que o Brasil, e a custos bem menores. Neste contexto, sendo a energia solar a mais rapida de ser posta em pratica, com novas usinas solares, GDMM e GD, é a que mais chama atenção de quem estrategicamente necessita de energia, tanto a fotovoltaica, como as thermo solares e heliotérmicas, a primeira necessitando da rede como apoio, e a segunda de um apoio a Gas ou Biogas, para garantir operações dionoturnas. O fator de intermitencia e sazonalidade, que muitas vezes é esquecido, deve ser considerado para o equilibrio do sistema, e as politicas desenvolvidas para que a Regenaração de Florestas, junto com Recuperação Hidrica, Reaproveitamentos de Biomassa, Biogas, RSU e Saneamento, garantam que os sistemas hidricos e todas as fontes renovaveis e limpas, constantes e intermitentes, contribuam para a matriz energetica e seu equilibrio.

Comentar

*Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Canal Solar.
É proibida a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes e direitos de terceiros.
O Canal Solar reserva-se o direito de vetar comentários preconceituosos, ofensivos, inadequados ou incompatíveis com os assuntos abordados nesta matéria.